O líder do Chega defende uma pensão mínima igual ao salário mínimo, num prazo de seis anos, sem explicar exatamente como e sem se comprometer com números. Já quanto à verba para a promoção da igualdade de género, Ventura diz ter outro destino.
Na Convenção Nacional do partido, que decorre em Viana do Castelo, André Ventura diz que Portugal não pode continuar a viver com pensões de “200 ou 300 euros”.
“Eu acho que um país que quer mesmo ter essa grandeza não pode continuar a lidar com pensões de 200 e de 300 euros em Portugal. Com tudo o que isso implicará, com todo o esforço orçamental que é preciso fazer e alguns locais onde será preciso cortar, porque só quem não for honesto dirá que não é preciso cortar. Porque é preciso cortar em muito lado”, declarou.
André Ventura assume a ambição de ser Governo, na sequência das eleições legislativas de 10 de março, e define uma meta para a subida das pensões: “Eu quero deixar-vos o compromisso de que esta missão só será concluída e que o nosso trabalho no Governo só será concluído quando, em seis anos, não há um idoso com pensão abaixo do salário mínimo em Portugal”.
O presidente do Chega prometeu também equiparar o subsídio de risco de todas as forças de segurança ao da Polícia Judiciária.
"Nenhuma maioria de direita subsistirá, nenhuma maioria de direita existirá sem que a sua primeira medida seja restabelecer a equiparação de suplementos a todas as forças de segurança, a todas", afirmou.
O líder do Chega diz que uma das áreas onde vai cortar é nos apoios à igualdade de género - que visam direta ou indiretamente o combate à desigualdade entre homens e mulheres.
“Aquele dinheiro todo que nós vamos dar lá para as ideologias de género, supostamente para promover uma qualquer igualdade de género, eu queria dar aqui uma garantia: eu vou pegar nesses dinheiros todos e vou dizer a essas associações todas que não vão receber um tostão”, afirmou.
André Ventura também garante que, se chegar ao Governo, Portugal não vai financiar a reabilitação da Fortaleza São Francisco do Penedo, em Luanda, que vai receber o Museu de Libertação Nacional de Angola. O Governo prevê um apoio de 34 milhões de euros.