É uma viagem com grande simbolismo, sobretudo porque é a primeira vez que o Papa vai a África, que no conjunto da geografia católica mundial é um dos continentes onde o número de baptizados aumenta e a prática dominical também. A Igreja é muito viva no Quénia, no Uganda e na República Centro Africana.
São três países com sérios problemas e com muitas dificuldades e muito sofrimento, onde há necessidade de paz e reconciliação, o que será o fio condutor da viagem. A RCA, praticamente em guerra civil, é um dos países mais perigosos que o Papa vai visitar.
Já o Quénia, onde chega esta quarta-feira a meio do dia, a situação é de um grande país com muita pobreza. Só num bairro de lata, perto de Nairobi, vive um milhão de pessoas. O programa inclui uma visita a um destes bairros, tal como um encontro com representantes das Nações Unidas na sede da ONU em Nairobi.
Na raiz do êxodo de milhares e milhares de africanos, que fogem das suas terras à procura de melhores condições de vida, está uma falta de ajuda concreta das grandes potências que olham para África com olhos de interesse económico. Por isso, o Papa começa a viagem por falar às autoridades do país e também aos diplomatas.
Ainda no Quénia, haverá ainda encontros ecuménicos, porque a presença da Igreja Anglicana é muito forte e por fim um encontro com os jovens, futuro da Igreja e das nações. O Papa Francisco segue depois para o Uganda, na sexta-feira, onde permanece até domingo, dia em que aterra na República Centro Africana. A viagem termina na segunda-feira, dia 30.