Moedas diz que AD "não vai governar com Chega"
12-03-2024 - 14:06
 • Lusa

O autarca considerou que as eleições legislativas de domingo foram "um momento único" de "mudança de ciclo para o país e que, agora, aqueles que ganharam vão formar Governo".

O presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas (PSD), afirmou, esta terça-feira, que a Aliança Democrática (AD) não vai governar com o Chega, lembrando que o líder dos sociais-democratas, Luís Montenegro, foi claro sobre o assunto durante a campanha eleitoral.

"Eu penso que o líder da AD [Aliança Democrática, formado por PSD, CDS e PPM] foi claro, assim como eu como presidente da câmara fui claro: não governo com o Chega e a AD não governa com o Chega", disse Carlos Moedas aos jornalistas, no final da inauguração do novo funicular da Graça, que liga o bairro à Mouraria.

Carlos Moedas respondia assim aos jornalistas, quando questionado sobre declarações do presidente do PPM, Gonçalo da Câmara Pereira, que defendeu hoje conversações com o Chega para formação do novo Governo de direita.

O autarca considerou que as eleições legislativas de domingo foram "um momento único" de "mudança de ciclo para o país e que, agora, aqueles que ganharam vão formar Governo".

O presidente da Câmara de Lisboa disse ainda que os portugueses "não querem andar de eleição em eleição", mas que querem "um governo estável, com o projeto claro da AD que ganhou as eleições".

Carlos Moedas lembrou que os partidos que "têm responsabilidade no parlamento vão fazer o que têm de fazer e [decidir] se querem ou não um governo que mude de ciclo".

"É ele [Luís Montenegro] que vai ser o primeiro-ministro, é da responsabilidade do PS, do Chega e dos outros partidos" o apoiar, sublinhou.

Carlos Moedas reiterou o seu apoio ao líder do PSD, reiterando haver "clareza" no seu programa para "clareza de uma mudança de ciclo", liderada por Montenegro.

"Tem um programa, os deputados sejam do PS e do Chega vão ter de aceitar ou não o programa e vão ter de discutir na Assembleia [República], mas será um Governo AD e de Montenegro", frisou.