"A nossa tarefa este ano não é simplesmente maximizar o nosso escudo aéreo e as capacidades de longo alcance da Ucrânia, mas também infligir o maior número possível de perdas sistemáticas à Rússia", disse Zelenski no mesmo discurso.
O chefe de Estado ucraniano sublinhou, no discurso na quarta-feira à noite, também a urgência de reforçar as defesas aéreas para proteger as vilas, cidades e infraestruturas dos ataques com 'drones' e mísseis russos.
Zelenski delineou as prioridades da Ucrânia para 2024 depois de receber o Alto Representante da União Europeia (UE) para os Negócios Estrangeiros, Josep Borrell, em Kiev, esta semana, que prometeu acelerar o fornecimento de munições à Ucrânia.
De acordo com Borrell, o chefe de Estado da Ucrânia pediu ajuda para receber munições adicionais, 'drones' e sistemas de defesa aérea aos países do bloco europeu.
O Presidente ucraniano sublinhou também a necessidade de um mecanismo especial da União Europeia para garantir a ajuda militar à Ucrânia, a longo prazo.
O líder ucraniano considerou que o congelamento dos ativos russos no Ocidente para apoiar a Ucrânia, que está a ser trabalhado pelo Grupo dos Sete países mais desenvolvidos (G7), faz parte da estratégia para "neutralizar" os recursos da Rússia.
Sem qualquer hipótese de avançar na frente de batalha onde a Rússia recuperou a iniciativa depois de a contraofensiva ucraniana se ter esgotado no outono passado, a Ucrânia tenta resistir à investida russa numa situação de desvantagem numérica em termos de munições de artilharia, que pode agravar-se se os Estados Unidos não enviarem mais meios de ajuda.
Nestas circunstâncias, Kiev tem de se limitar a manter as posições e esperar que o número de baixas que a Rússia está a sofrer acabe por fazer afetar Moscovo.
Segundo o Estado-Maior ucraniano, a Rússia perdeu na quarta-feira mais de 900 homens, 11 tanques e 24 sistemas de artilharia nos vários teatros de operações.