O Departamento de Catequese do Secretariado Nacional da Educação Cristã vai evocar Monsenhor Amílcar Amaral: “um grande catequeta” e “excelente inovador na catequese em Portugal”.
“Muito daquilo que nós fazemos hoje, e tudo o que fizemos dos anos 70 até hoje, é sob a sua influência. Ela mantém-se. E muito do que ele pensou e fez ainda está atual”, reconhece Cristina Sá Carvalho, a coordenadora do Departamento de Catequese do SNEC.
Sacerdote da diocese de Aveiro, Monsenhor Amílcar Amaral foi o primeiro presidente do Secretariado da Catequese, criado a 29 de março de 1949.
A homenagem vai acontecer no primeiro dia de trabalhos do congresso, no Centro Paulo VI, em Fátima.
No sábado, o debate vai centrar-se na catequese dos adolescentes. “Temos estado a desenvolver um novo trabalho com os adolescentes, que pretendemos que seja também inovador, fresco e que responda àquilo que são as necessidades das pessoas de hoje”, sublinha a mesma responsável.
Cristina Sá Carvalho admite que “estamos sempre a fazer a leitura dos sinais dos tempos, a compreender as realidades, as pessoas, aquilo que as traz à Igreja ou que eventualmente as mantém mais distanciadas para lhes oferecer aquilo que elas precisam para se desenvolverem, para crescerem, para viverem plenamente”.
O “Papa Francisco chamou a atenção para a necessidade de estar sempre a fazer um primeiro anúncio”, lembra ainda.
“Isso, no processo de desenvolvimento das pessoas, quer sejam crianças, adolescentes, os seus Pais, catequistas, os adultos em geral que também precisam sempre de formação na sua fé para a fortalecer, para a tornar verdadeiramente ativa e transformadora”, acrescenta.
Neste momento, o setor da catequese do Patriarcado de Lisboa “está a desenvolver um projeto direcionado para a preparação da Jornada Mundial da Juventude, que está espalhado por todas as dioceses do país. Esse projeto já contém em si um grande processo de reflexão, que desde 2014 temos estado a fazer com os secretariados diocesanos sobre aquilo que queremos fazer com os catequizandos dessas idades, que são idades cruciais de apropriação da fé, transformação da vida, amadurecimento pessoal”.
Paralelamente, “estamos com um grupo de trabalho bastante alargado a desenvolver um novo programa de catequese para a adolescência”, acrescenta Cristina Sá Carvalho.
“O objetivo é propor um programa e uma metodologia e depois, assim que possível, começarmos a preparar os materiais para quando tiver lugar a Jornada Mundial da Juventude (em 2022 em Lisboa), no dia seguinte possamos começar já este caminho novo”, revela a coordenadora do Departamento de Catequese do SNEC.
Os trabalhos das Jornadas Nacionais de Catequistas terminam no domingo com uma missa na Basílica da Santíssima Trindade, às 12h30.