O líder do PSD, Luís Montenegro considerou, esta quinta-feira, o caso dos CTT uma “bandalheira”, acusando Pedro Nuno Santos de tentar “sacudir a água do capote”.
Em causa está a compra de ações dos CTT pelo Governo. Um negócio que o líder social-democrata estranha que o ex-ministro das Infraestruturas - agora secretário-geral do PS - não tivesse conhecimento.
“Se o Dr. Pedro Nuno Santos não sabia, que é aquilo que ele diz, então, isto foi uma bandalheira completa”, disse Montenegro que, à margem de uma reunião na reitoria da Universidade do Minho, em Braga, exigiu explicações do Governo.
“Está tudo, de facto, a brincar com coisas sérias. Não é possível. O Governo deve dar respostas”, pediu.
“Quando se diz que não é nada comigo. Vá falar com o fulano ali ao lado. Isto quer dizer que não sabe ou que não se tem explicação. Isto é uma bandalheira”, insistiu Luís Montenegro referindo-se a Pedro Nuno Santos.
A Parpública confirmou, esta quarta-feira, que o Estado comprou ações dos CTT. Ainda segundo a holding do setor empresarial público, os documentos referentes à compra, realizada até outubro de 2021, “foram considerados informação reservada pelo Ministério das Finanças, à época".
O secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, negou ter dado orientações ao Ministério das Finanças ou à Parpública para a compra de ações dos CTT, enquanto ministro das Infraestruturas, e remeteu explicações sobre esta matéria para o Governo.
Aliança Democrática não é “negócio politico”
Luís Montenegro rejeita qualquer tipo de negócio político com a nova Aliança Democrática (AD) com o CDS e PPM.
Em declarações aos jornalistas em Braga, o líder social-democrata garantiu, esta quinta-feira, que “serão muitos os lugares que oportunamente serão conhecidos e verão que não há aqui nenhum tipo de negócio político”.
Segundo Montenegro trata-se de uma aliança “com inspiração histórica” e “simbolismo” que quer “revitalizar no espectro político português toda a atmosfera que esteve na AD de Francisco Sá Carneiro em 1979. É verdade. Não escondo isso”, admitiu sem avançar com mais pormenores.
O PSD prepara-se para aprovar, esta quinta-feira, em conselho nacional do partido, a realizar em Braga, a coligação democrática com o CDS e PPM para a corrida às eleições legislativas de 10 de março.
Até domingo, o PSD está no distrito de Braga em mais um roteiro "Sentir Portugal".