Após quatro meses do primeiro ataque do Hamas a Israel, o pedido de ajuda para a libertação de reféns presos em Gaza continua. Numa conferência de imprensa, esta quarta-feira, em Portugal, familiares de reféns israelitas com nacionalidade portuguesa afirmam que ajudar a libertar os reféns “não se trata de política, mas sim de ajuda humanitária”.
Familiares de Tzahi Idan (49), Omer Shem Tov (21), Or Levy (33), Tomer Achimas, Omri Miran (46), Idan Shtivi (28) e Segev Kalfon (25), reféns presos em Gaza, organizaram uma conferência de imprensa no Porto Palácio Hotel com o intuito de pedir ajuda ao governo português. Na sessão também esteve presente Dor Saphira, embaixador de Israel.
As famílias recordaram com tristeza o dia que viram pela última vez os seus familiares. Michael Levy, irmão de Omri Miran, contou que o seu irmão desapareceu no festival de música onde aconteceu o primeiro bombardeamento, a 7 de outubro. O refém ter-se-ia escondido com a esposa num abrigo, que mais tarde foi atacado com granadas pelo Hamas. A esposa terá morrido no local e Omri foi levado para Gaza, onde se mantém como refém até à data.
“Ninguém pensou que estaríamos aqui 124 dias depois”, afirma Hilla Maron, porta-voz da delegação da associação “Bring Them Home Now”. “Quando dizemos que não há mais tempo, é porque não há mais tempo. Pessoas estão a ser mortas todos os dias”, acrescenta.
Quando questionado sobre se Israel irá aceitar o plano proposto pelo Hamas para o fim da guerra na Faixa de Gaza, o embaixador de Israel declarou que o governo está a "tentar arranjar a melhor forma de ter os reféns de volta", mas tem "de continuar a tentar alcançar os objetivos da guerra”.