Carlos Carvalhal parte para o Al Wahda, de Abu Dahbi, com a expectativa de chamar à atenção de clubes de outro nível. Pelo trabalho que realizou nas duas últimas épocas no Sporting de Braga, o treinador assume que esperava "dar um salto significativo nesta altura".
"Não aconteceu, não estamos frustrados, mas damos um ano de pausa aos clubes para ver se reparam no nosso trabalho", sorri Carvalhal, antes de embarcar para os Emirados Árabes Unidos, esta segunda-feira.
"Nós fizemos um ano abolutamente fantástico no Rio Ave, foi o melhor de sempre, fizemos dois anos do melhor de sempre no Sporting de Braga, valorizámos muitos jogadores, no Braga e no Rio Ave, praticámos um grande futebol, discutimos e ganhámos títulos", sustenta o técnico português, apresentando argumentos que justificam a ideia de que poderia ter surgido uma oportunidade mais aliciante.
Na escolha pelo Al Wahda acabou por pesar o facto de assinar apenas por uma temporada. O treinador revela que surgiram "algumas situação na Europa, que eram equilibradas, mas eram de dois, três anos".
"Nós não queremos [contratos longos]. Queremos fazer um ano, fazer um bom trabalho e esperar que lá, em Portugal, noutro país nos dêem a oportunidade que nós achamos que merecemos", afirma.
Em Braga não ficou nada por fazer
Numa breve avaliação ao trabalho realizado no Sporting de Braga, Carlos Carvalhal não encontra alguma coisa que tenha ficado por fazer.
"Tudo o que nos foi pedido em Braga foi cumprido na íntegra: praticar bom futebol, valorizar os jogadores para serem vendidos - este ano a valorização dos jogadores é ainda maior -, lutar por títulos - fomos a três finais vencemos a Taça de Portugal -, apostar na formação, conseguimos os objetivos mínimos que é entrar na Liga Europa. Acho que não ficou nada por fazer", contabiliza.
Em relação ao seu sucessor, Artur Jorge, reforça o que já disse noutras ocasiões, sublinhando que terá o seu apoio, como adepto do Sporting de Braga. Não entra em juízos de valor sobre a escolha de António Salvador, reforçando que Artur Jorge "deve ter o apoio de todos".
Carlos Carvalhal, de 56 anos, acertou acordo com o Al Wahda, dos Emirados Árabes Unidos, 3.º classificado da liga na temporada passada. O treinador português está de regresso àquele país, depois de ter sido coordenador técnico do Al Ahli, entre 2013 e 2015.