A 49.ª Semana Nacional de Migrações vai incluir, como habitualmente, a Peregrinação do Migrante e Refugiado ao Santuário de Fátima, nos dias 12 e 13 de agosto, que será presidida pelo Cardeal Jean-Claude Hollerich, Arcebispo do Luxemburgo e também Presidente da Comissão das Conferências Episcopais da Europa.
A peregrinação vai realizar-se cumprindo todas as normas impostas pelas autoridades de saúde por causa da pandemia e, pelo segundo ano consecutivo, não haverá a tradicional vigília noturna.
Em comunicado, Eugénia Quaresma, Diretora da Obra Católica Portuguesa das Migrações, refere que "é tempo de reconstruir a partir de um tempo forte de espiritualidade como aquele que nos oferece este santuário altar do mundo, onde sentimos que temos mãe a quem confiar as nossas angústias, chorar as nossas mágoas, retemperar as nossas energias, renovar a nossa esperança".
Com o tema "Rumo a um nós cada vez maior", este organismo sublinha que pretende "mapear a ação da Igreja" no apoio aos migrantes e refugiados, através da metodologia dos "quatro R": rostos, rotas, raízes e recursos.
A Obra Católica Portuguesa das Migrações quer saber quem são as pessoas que atendem, de onde vêm, porque vêm, que instituições estão envolvidas no acolhimento, proteção, promoção e inclusão dos que chegam, dos que partem e dos que regressam.
Para isso, pedem a colaboração das instituições que fazem esse trabalho, porque, dizem, "é importante estarmos conscientes do bem que a Igreja faz através das suas diferentes instituições: secretariados diocesanos de migrações, Cáritas diocesanas, paróquias, congregações religiosas, associações, IPSS, fundações, centros de assistência paroquiais, escolas".
Assim, a Obra Católica pede que estas informações sejam enviadas para o seu email: ocpm@ecclesia.pt
No último dia desta iniciativa, a 15 de agosto, está prevista uma Jornada de Solidariedade.
Com a Semana Nacional de Migrações, a OCPM dá início à preparação do 107.º Dia Mundial do Migrante que será celebrado a 26 de setembro e cujo tema escolhido pelo Papa é precisamente "Rumo a um nós cada vez maior".
Na sua mensagem, Francisco reconhece que "estamos todos no mesmo barco e somos chamados a empenhar-nos para que não existam mais muros que nos separam, nem existam mais os outros, mas só um nós do tamanho da humanidade inteira".