O processo de criação de uma residência para 52 estudantes do ensino superior no centro da cidade de Viseu poderá avançar, depois de atrasos devido à necessidade de prospeções arqueológicas, disse esta quinta-feira o presidente da Câmara, Fernando Ruas.
“Já está ultrapassado o problema com a arqueologia e não haverá qualquer impedimento”, afirmou Fernando Ruas (PSD), durante a reunião pública do executivo camarário, depois de o vereador socialista João Azevedo o ter questionado sobre a obra prevista para a Rua do Gonçalinho.
A residência de estudantes, que integra o Plano Nacional para o Alojamento no Ensino Superior (PNAES) e conta com um apoio de cerca de 1,7 milhões de euros do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), deverá ficar concluída até ao final de dezembro de 2024.
No final da reunião, Fernando Ruas explicou aos jornalistas que a obra “ainda não foi adjudicada”, mas “já tem o impedimento maior resolvido”, ou seja, os trabalhos arqueológicos.
“Está tudo pronto. Na última reunião com a SRU (Sociedade de Reabilitação Urbana) foi-me dito que tiveram uma reunião em Coimbra e que o problema da arqueologia está todo resolvido. Portanto, agora é voltar à velocidade cruzeiro”, frisou.
O autarca sublinhou a importância desta obra, que permitirá à autarquia cumprir três objetivos: “atrair gente para a zona histórica, requalificar espaços que estavam em mau estado” e arranjar mais possibilidades de alojamento para os estudantes do ensino superior.
Na terça-feira, a ministra da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Elvira Fortunato, garantiu que, até ao final de 2026, haverá mais 15 mil camas para estudantes, graças ao financiamento do PRR.
“Estamos neste momento, no âmbito do PRR, a construir mais 15 mil camas, no equivalente a mais, pelo menos, 86 residências novas, e esperamos ter esse processo todo concluído até ao final de 2026”, afirmou aos jornalistas, após uma visita às obras da futura residência de estudantes de Lamego, no distrito de Viseu.
Fernando Ruas disse também aos jornalistas que está a ser finalizado o regulamento para o funcionamento do Mercado 02 de Maio, no centro da cidade, cujas obras estão a terminar.
Reiterando a intenção de instalar uma “praça da restauração” naquele espaço, o autarca explicou que é preciso que o regulamento contemple aspetos como, por exemplo, quem ficará com a responsabilidade da vigilância e da limpeza.