Estão marcadas as primeiras audições na comissão parlamentar de inquérito à tutela política da gestão da TAP. Na próxima semana serão ouvidos o presidente da Inspeção Geral de Finanças, António Ferreira Santos e o administrador financeiro da TAP, Gonçalo Pires.
De acordo com informação avançada à Renascença, na primeira semana de abril, os deputados vão ouvir as duas grandes protagonistas desta comissão: a presidente-executiva da TAP, Christine Ourmières-Widene, e a ex-secretária de Estado do Tesouro Alexandra Reis.
O presidente da comissão parlamentar de inquérito à tutela política da gestão da TAP, o socialista Jorge Seguro Sanches, já tinha anunciado que nas próximas três semanas estavam previstas as seis primeiras audições. Sendo assim, os senhores que se seguem são o presidente do conselho de administração Manuel Beja e o presidente da CMVM Luis Laginha de Sousa.
Os 60 pedidos de audição dos diferentes partidos com assento na comissão, no total seis, foram aceites durante a reunião desta semana onde se discutiu ainda o acesso aos documentos confidenciais.
A comissão de inquérito vai desclassificar esta sexta-feira alguns documentos para que os deputados tenham acesso mais fácil.
Os restantes vão ter de ser consultados numa sala secreta, porque a Assembleia da República não tem um programa informático credenciado, segundo explicou Seguro Sanches.
O presidente da comissão de inquérito deu conta aos deputados da resposta dos serviços da Assembleia, que decidiram então arranjar uma sala secreta com dez computadores.
Na lista das audições o PSD apresentou mais nomes: 43. O PS quer ouvir cerca de duas dezenas de personalidades, começado pelo Inspetor-Geral de Finanças, bem como o ministro das Finanças, Fernando Medina, e os antigos governantes Pedro Nuno Santos e João Leão.
Já o Bloco de Esquerda pediu a audição de 25 personalidades. No total são 60 audições, a comissão parlamentar de inquérito à tutela política da gestão da TAP tem duração de 90 dias até 23 de maio.