A justiça francesa condenou esta quarta-feira dois cidadãos ruandeses a prisão perpétua por genocídio e crimes contra a humanidade no Ruanda, em 1994.
Tito Barahira, de 65 anos, e Octavien Ngenzi, de 58, foram julgados por envolvimento num ataque contra a etnia Tutsi, na cidade de Kabarondo, onde foram autarcas.
Os dois acusados negaram qualquer participação nos massacres. Philippe Meilhac, advogado de Tito Barahira, disse que o seu cliente deverá apresentar recurso da sentença.
Vários processos relacionados com o genocídio no Ruanda têm sido julgados nos últimos anos noutros países. Em França, este é o segundo caso a ir a tribunal.
As organizações de defesa dos direitos humanos pedem julgamentos mais rápidos nos casos que se encontram em investigação, enquanto as testemunhas ainda estão vivas.
O genocídio no Ruanda aconteceu há 22 anos. Extremistas da etnia Hutu mataram mais de 800 mil Tutsis e Hutus moderados ao longo de três meses, sem que a comunidade internacional fizesse alguma coisa para travar os massacres.