Se Vitor Constâncio não comparecer na comissão parlamentar de inquérito ao Banif “estará a cometer um crime de desobediência”, defende o deputado do PSD Carlos Abreu Amorim.
Esta segunda-feira, o presidente do Banco Central Europeu (BCE) enviou uma carta ao Parlamento português onde explica as razões porque Constâncio não tem de responder aos deputados.
Mario Draghi invoca regras europeias para defender a posição já anteriormente assumida pelo seu vice-presidente.
A recepção da carta foi confirmada, à Renascença, por Carlos Abreu Amorim, que insiste na obrigatoriedade da presença de Vítor Constâncio no Parlamento.
“Caso Vítor Constâncio continue a insistir desta forma desesperada e irrazoável de não colaborar com a comissão parlamentar de inquérito, de acordo com o regime jurídico dos inquéritos parlamentares, mais precisamente o artigo 19.º, estará a cometer um crime de desobediência qualificada", alerta o social-democrata.
"É bom que o doutor Vítor Constâncio em vez de pedir cunhas aos
colegas, parceiros e dirigentes europeus, que acabam por expressarem opiniões
sem perceberem patavina daquilo que se está a passar, enganando-os de uma forma
até dolosa, seria bom era que o doutor Vítor Constâncio pensasse muito bem no
que está a fazer”, sublinha Carlos Abreu Amorim.
O deputado afirma que o PSD vai continuar à espera que antigo governador do Banco de Portugal volte atrás na decisão de não comparecer na comissão de inquérito ao Banif.