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O dia 44 de guerra fica marcada visita da presidente da Comissão Europeia à cidade mártir de Bucha e pelo atentado à estação de comboio em Kramatorsk. Ursula Von der Leyen ainda esteve com Zelenskiy e abriu-lhe as portas à União Europeia.
Von der Leyen mostrou-se chocada com o que encontrou em Bucha: “Vimos aqui a humanidade a ser despedaçada e o lado mais bárbaro do exército de Putin".
Nesta cidade dos arredores de Kiev foram encontrados, no início de abril, centenas de corpos civis, poucos dias depois da retirada das tropas russas.
Também de visita à Ucrânia está o chefe da diplomacia europeia. Josep Borrell anunciou o regresso do embaixador da União Europeia à capital ucraniana, para que o bloco europeu e a Ucrânia possam "trabalhar juntos de forma ainda mais direta e estreita".
"A União Europeia volta a Kiev. Digo-o literalmente: o nosso chefe de delegação voltou a Kiev, para que possamos trabalhar juntos de forma ainda mais direta e estreita", anunciou o Alto Representante da UE para a Política Externa.
Por falar em União Europeia e Ucrânia, os 27 entregaram ao Presidente ucraniano a documentação que pode levar à adesão de Kiev à União Europeia.
"Hoje estamos aqui para dar à Ucrânia o primeiro passo positivo para a adesão à UE", disse Von der Leyen na conferência de imprensa em que prometeu uma resposta “em semanas”.
A mensagem da líder europeia não deixa dúvidas: “Querido Volodymyr, a Ucrânia pertence à família europeia. Ouvimos o seu pedido, alto e bom som”.
Esta abertura à Ucrânia surge no dia em que a UE avançou com um quinto pacote de sanções, que inclui embargo a carvão russo, e já prepara o sexto pacote de sanções à Rússia, medida que o Kremlin prometeu considerar “um ato de agressão internacional”.
Também as duas filhas do Presidente russo e a filha do ministro dos Negócios Estrangeiros Lavrov vão ser adicionadas à lista de pessoas sob sanções do Reino Unido.
O dia ficou ainda marcado por um atentado na estação de comboio de Kramatorsk. Há, pelo menos, 50 mortos, incluindo cinco crianças, e dezenas de feridos.
A ONU afirma que este ataque no leste da Ucrânia é "completamente inaceitável" e uma "violação grosseira" do direito internacional humanitário e do direito internacional dos direitos humanos.
No terreno, Kiev diz que já controla a região de Sumy. A confirmação é feita pelo chefe da Administração Militar de Sumy, Dimitro Zhivitski.
A prioridade é localizar e neutralizar as minas deixadas pelo exército russo, disse Zhivitski, numa mensagem publicada na plataforma de vídeos YouTube.
O líder militar disse à população que podem ser ouvidas explosões devido à tarefa das forças de emergência, que "estão a neutralizar as munições deixada pelo exército russo".
"Existem muitas áreas minadas e inexploradas. Não circule pelas bermas e não utilize as estradas florestais", avisou.
As autoridades de Odessa denunciaram um ataque de mísseis disparados do mar contra instalações na cidade do sul da Ucrânia, segundo a imprensa ucraniana.
O coronel Vladislav Nazarov, oficial do Comando Operacional Sul da Ucrânia, confirmou o ataque, que tinha sido anunciado pela autarquia de Odessa na plataforma Telegram.
Já a Bielorrússia, país que tem estado do lado da Rússia, colocou Portugal na lista de “países hostis”.
Entretanto, nas contas do SEF, já foram aceites mais de 29 mil pedidos de proteção temporária de pessoas que fugiram da guerra da Ucrânia.