O Ministério do Ambiente abriu um inquérito à morte de mais de uma dezena de animais no incêndio do Algarve. Estavam num abrigo ilegal na localidade de Santa Rita, em Vila Real de Santo António.
O Instituto da Conservação da Natureza e Florestas vai investigar o caso para “analisar e apurar as circunstâncias que, do ponto de vista administrativo, permitiram o funcionamento do referido abrigo”, informa a nota enviada à redação.
O presidente da Câmara local garantiu que o abrigo, situado na localidade de Santa Rita, acolhia animais sem o conhecimento do município, pertencia a um privado e não fez qualquer pedido de ajuda para a sua retirada do local, onde acabaram por morrer no fogo.
O autarca Luís Romão recorda que retirou para Loulé quase 300 animais do gatil e canil municipal.
Este incêndio deflagrou na madrugada de segunda-feira na freguesia de Odeleite, no concelho de Castro Marim, mas estendeu-se para os municípios vizinhos de Vila Real de Santo António e de Tavira, obrigando a retirar de habitações cerca de 80 pessoas e evacuar um canil, com quase 200 animais.
As chamas afetaram uma área estimada de 6.700 hectares, já calculada com recurso ao sistema Copérnico, da União Europeia, mas que tinha um potencial de atingir os 20.000 hectares.
Segundo o comandante das operações de socorro, o incêndio, do ponto de vista da propagação, se desenvolveu com muita intensidade, atingindo "uma taxa de expansão média de 650 hectares por hora" e um "perímetro de 43 quilómetros".