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A Plataforma Fibrenamics da Universidade do Minho (UMinho) está a desenvolver seis projetos de investigação com vista à criação de uma nova geração de máscaras, perneiras, batas, toucas, “coveralls” e cogulas.
De acordo João Bessa, technology manager da Fibrenamics da UMinho, os novos equipamentos de proteção individual (EPI’s) terão “propriedades únicas, em que, em alguns casos, além de permitirem a sua reutilização, proporcionam ainda uma maior capacidade de filtração bacteriana e vírica, com propriedades hipoalergénicas, para utilização em contexto profissional e não profissional”.
O desenvolvimento destes projetos de EP’Is é realizado em conjunto com diversas entidades portuguesas e envolve um investimento total em I&D de cerca de três milhões de euros.
Os projetos surgem na sequência das preocupações globais em torno da Covid-19, a sobrecarga dos sistemas de saúde e um claro desajustamento da oferta de equipamento de proteção face à respetiva procura.
“Têm como objetivo dar resposta a essas necessidades, mas simultaneamente acrescentar valor que visa, por um lado, contribuir para a diminuição da dependência de mercados externos para a matéria prima principal, capacidade filtrante, ajudar a combater a poluição ambiental, apresentar EPI’s com níveis de proteção melhorada, e sobretudo dotar a industria nacional de capacidade técnica e cientifica para o desenvolvimento e produção dos mesmos”, assinala João Bessa.
O technology manager da Fibrenamics da Universidade do Minho assinala que a pandemia de Covid-19 tem conduzido à “procura massificada, quer por parte de particulares, quer dos sistemas de saúde e dos seus profissionais, de equipamentos de proteção individual e dispositivos médicos específicos, não existindo uma oferta que acompanhe esta procura”.
No caso dos sistemas de saúde, a procura centra-se em “máscaras cirúrgicas, que previnam ou mitiguem a transmissão de agentes infeciosos entre pessoas, sendo um dos equipamentos mais procurados e com maior valor acrescentado para os utilizadores”, acrescenta.
“É com a missão de podermos ajudar a responder a essas necessidades e a mitigar a transmissão comunitária de SARS-CoV-2, que, em conjunto com diferentes parceiros, nos lançámos nestes desafios de desenvolver EPI’s verdadeiramente inovadores e com impacto na sociedade”, sintetiza João Bessa, technology manager da Fibrenamics da Universidade do Minho.
Os projetos de investigação estão a ser desenvolvidos no âmbito do sistema de incentivos das atividades de investigação e desenvolvimento e investimento em infraestruturas de ensaio e otimização no contexto do Covid-19, com o apoio do Portugal 2020 e dos Fundos Europeus Estruturais e de Investimento da União Europeia.