O diretor de comunicação e informação do FC Porto, Francisco J. Marques, foi acusado de sete crimes, esta sexta-feira, pela divulgação do conteúdo dos e-mails do Benfica, segundo confirmou o próprio à Renascença.
Marques responde por seis crimes de violação de correspondência e um de acesso indevido.
De acordo com o jornal "O Jogo", também o diretor do Porto Canal, Júlio Magalhães, e o comentador Diogo Faria terão de responder em tribunal, no âmbito do caso dos e-mails - o primeiro por três crimes de violação de correspondência e o segundo por dois crimes.
Foi no Porto Canal que Francisco J. Marques revelou a existência e conteúdo de mensagens alegadamente comprometedoras para o Benfica, que processou o FC Porto por dano de violação de correspondência privada.
Em junho, foi conhecida a decisão do Tribunal Judicial da Comarca do Porto, que condenou FC Porto, a respetiva SAD, Francisco J. Marques e a Porto Media ao pagamento de uma indemnização a rondar os dois milhões de euros ao Benfica, no âmbito do caso dos e-mails.
O FC Porto anunciou logo depois que iria recorrer da decisão para o Tribunal da Relação do Porto, alegando que "todas as divulgações efetuadas no Porto Canal foram sempre realizadas ao abrigo do direito à informação e da salvaguarda da verdade desportiva".