A pandemia é um verdadeiro abalo que terá reflexos no modo de pensar a economia e o consumo. A ideia foi deixada em entrevista à Renascença pelo Cardeal Tolentino Mendonça, na véspera do discurso que irá proferir na cerimónia do 10 de Junho, no Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa.
O presidente da Comissão Organizadora do Dia de Portugal, Camões e das Comunidades Portuguesas considera que o mundo está a viver um “acontecimento sistémico”, que coloca em causa a forma como a sociedade está organizada.
“É um acontecimento que abalou todo o sistema e tem reflexos muito grandes na forma de avaliar o que poderá ser a economia e a organização do consumo - todos os elementos de uma sociedade capitalista terão de acolher todas as correções e todos os apelos que chegam desta situação”, alerta o Cardeal Tolentino Mendonça, acrescentando: “Se formos capazes de integrar todos estes elementos, penso que como sociedade …damos um passo em frente”.
Uma entrevista, conduzida por Graça Franco, que pode ser ouvida na íntegra na Renascença na quinta-feira.
A nível mundial, a pandemia de Covid-19 já matou 404.245 pessoas e infetou mais de sete milhões em todo o mundo desde dezembro, segundo o último relatório da agência AFP. Pelo menos, 3.078.100 dos casos são considerados curados.
Os Estados Unidos, que tiveram a sua primeira morte ligada ao coronavírus no início de fevereiro, são o país mais afetado em termos de número de óbitos e de casos, com 110.771 mortes e 1.951.111 casos.
A seguir, os países mais afetados são o Reino Unido, com 40.597 mortes e 287.399 casos, o Brasil, com 36.455 mortes (691.758 casos), a Itália, com 33.964 óbitos (235.278 casos) e a França, com 29.209 mortes (191.185 casos).
Portugal, com 1.485 mortes registadas e 34.885 casos confirmados até hoje é o 25.º país do mundo com mais óbitos e o 30.º em número de infeções.