Dois fuzileiros foram acusados pelo Ministério Público (MP) da morte do agente da PSP Fábio Guerra, num caso registado em março deste ano.
Em causa está um crime de homicídio qualificado, três crimes de ofensas à integridade física e um crime de ofensas à integridade física simples.
O Ministério Público acusou dois fuzileiros da morte do agente da PSP Fábio Guerra, o agente de 26 anos que morreu em março do ano passado por causa de "lesões cerebrais" sofridas na sequência das agressões à porta de uma discoteca lisboeta.
Uma nota da Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa informa que acusou os dois jovens militares e requereu julgamento dos arguidos.
O Ministério Público diz que os polícias presenciaram agressões nas quais os arguidos estavam envolvidos e tentaram travá-las, identificando-se como agentes da autoridade, mas acabaram eles próprios por ser agredidos violentamente.
A algumas das testemunhas do processo foi aplicada medida para proteção em processo penal por temerem represálias dos arguidos.
Marinha não renova contrato com arguidos
Fonte da Marinha adianta à Renascença que os jovens estavam na Marinha em regime de contrato que pediram para renovar, mas tal não foi aceite.
Um deles já não tem qualquer vínculo ao meio militar e o outro está prestes a deixar de o ter, uma vez que o contrato está na fase final e já foi informado de que não será renovado.
Os fuzileiros estão em prisão preventiva desde o primeiro interrogatório judicial.
O agente Fábio Guerra, de 26 anos, morreu a 21 de março, no Hospital de São José, em Lisboa, devido às “graves lesões cerebrais” sofridas na sequência das agressões de que foi alvo no exterior da discoteca.
A PSP informou, na altura, que junto à discoteca se encontravam “quatro polícias, fora de serviço, que imediatamente intervieram, como era sua obrigação legal”, acabando por ser agredidos violentamente por um dos grupos, formado por cerca de 10 pessoas.
Um terceiro suspeito está a monte e em março a Polícia Nacional espanhola colocou uma publicação nas várias redes sociais a pedir a colaboração dos cidadãos para encontrarem o fugitivo.
A investigação foi dirigida pelo Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa, com a coadjuvação da Polícia Judiciária.
[notícia atualizada]