No primeiro dia da Convenção Nacional do Bloco de Esquerda os críticos da direcção nacional já se pronunciaram na reunião que está a decorrer no pavilhão municipal do casal vistoso em Lisboa.
A moção R foi apresentada este sábado e lançou fortes críticas ao acordo assinado entre os bloquistas e o PS.
Onde a direcção nacional do Bloco vê o acordo com o PS como uma vitória, há delegados na Convenção que vêem nesse acordo o pior dos caminhos. É o caso de João Carlos Louçã, subscritor da moção da “oposição interna”.
“Um acordo insuficiente que não responde à justiça social ou aos principais problemas do país na sua relação com os credores e com as instituições europeias que não responde ao emprego ou ao desenvolvimento económico. Justiça social, haverá outra coisa mais importante para a esquerda que somos nesta versão indignada pela ousadia da minoria, deita-se a história do Bloco no lixo, as decisões da IX convenção, o próprio acordo entre as duas tendências maioritárias que hoje constituem”, disse.
Subscritor de uma das moções em debate nesta convenção, João Carlos Louçã coloca a questão: “Até quando apoiaremos um Governo inútil para a recuperação do emprego? Até quando seremos cúmplices de uma governação que não responde à justiça social? O que a moção A aqui traz é um texto que diz tudo e o seu contrário, é obviamente um cheque em branco”.
A moção A, documento apresentado pela direcção nacional do Bloco de Esquerda, é maioritária.