A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil alerta para o agravamento do tempo a partir da manhã desta quarta-feira.
No balanço feito ao final do dia, o comandante André Fernandes esclareceu que “nas próximas horas vamos ter um regime de aguaceiros pontualmente moderados, com aumento da agitação marítima”.
Ao final da tarde, O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) levantou os avisos amarelos e laranja por causa da chuva.
O mapa de avisos está pintado de verde, sem avisos por causa da chuva, à exceção da região autónoma da Madeira.
Leiria, Lisboa, Setúbal, Beja e Faro continuam com aviso amarelo, mas por causa da agitação marítima.
Cheias. “Potencial de risco na foz do rio Douro”
Face às previsões, a ANEPC mantém o alerta para as bacias dos rios Minho, Lima, Cávado, Ave e Douro, sendo que, neste caso particular, o comandante André Fernandes alerta que começa “a ter bastantes afluências não só a bacia em Portugal continental mas também já em Espanha”.
“Existe um grande aumento do caudal que, em conjugação com a maré poderá ter algum potencial de risco na foz do Douro”.
2.777 ocorrências e 82 desalojados
Até às 19h00 desta terça-feira, a Proteção Civil contabilizou um total de 2.777 ocorrências.
Lisboa, Santarém e Setúbal. Há registo de um ferido grave, em Alcântara e um total de 82 desalojados nos concelhos de Loures, Odivelas, Cartaxo, Coruche, Seixal e Almada.
"Longos dias" até à normalidade
A Proteção Civil espera longos dias de trabalho para repor a normalidade, começando já esta noite para garantir que o agravamento do estado do tempo previsto para quarta-feira “não tem um impacto tão grande”.
O comandante nacional, André Fernandes, disse que a expectativa para as próximas horas, nas quais se espera uma acalmia no mau tempo, é a de “uma noite de trabalho”, de preparação e prevenção para o agravamento das condições meteorológicas previsto entre as 09h00 e as 18h00 desta quarta-feira.
“Nós esperamos é uma noite de trabalho, onde as ações de reabilitação vão ser fundamentais para garantir que este período crítico de amanhã não tenha um impacto tão grande como aconteceu hoje”, disse André Fernandes.
Segundo o comandante nacional, os trabalhos para garantir a reposição da normalidade vão prolongar-se por dias.
“Esperam-nos longos dias de trabalho em cooperação com as diferentes entidades e também com a população. Vamos manter o dispositivo até ser necessário”, disse, precisando que se mantêm no terreno trabalhos de estabilização e retirada de águas.
[notícia atualizada às 21h40]