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O Presidente da República recusou esta segunda-feira antecipar se o estado de emergência irá ou não terminar no fim deste mês e disse que essa é uma análise feita constantemente, em função dos dados da evolução da covid-19.
No final de uma visita à Escola Secundária Padre António Vieira, em Lisboa, no dia em que os alunos do ensino secundário retomaram as aulas presenciais, Marcelo Rebelo de Sousa foi questionado pelos jornalistas se em maio já não haverá estado de emergência.
"É uma análise que é feita todos os 15 dias. Eu diria mesmo, todos os dias. Todos os dias eu olho e o senhor primeiro-ministro olha e a senhora ministra da Saúde olha e o Governo todo olha para os números, para a incidência, para a situação dos internados, para o número dos internados em cuidados intensivos, para o número de mortos", respondeu.
Marcelo Rebelo de Sousa, que já expressou o desejo de que o atual período de estado de emergência, até 30 de abril, fosse o último, acrescentou: "Isto vai sendo analisado todos os dias, e toma-se decisão em cima dos factos, em cima da realidade, não por abstração, não porque apetece".
"Se fosse por apetecer, já há muito tempo que apeteceria não estarmos em estado de emergência e não estarmos em confinamento, ou estarmos num processo de desconfinamento muito mais avançado", afirmou.
O Presidente da República apontou a vacinação de "praticamente 200 mil pessoas" contra a covid-19 neste passado fim de semana como uma "boa notícia" que "oferece perspetivas que não têm nada a ver com o que se passou há um ano".
Segundo o chefe de Estado, o balanço das etapas já concretizadas do plano de desconfinamento do Governo, em termos nacionais, é positivo: "Não corre igualmente bem em todo o território, mas temos de admitir que, no todo nacional, o balanço tem sido até agora positivo".
"Passou mais de um mês sobre a primeira abertura de escolas, e já temos o balanço, que é positivo, em relação ao dia 15 de março. Passaram duas semanas sobre a segunda abertura das escolas e o balanço feito até agora é positivo", referiu.
Relativamente às próximas etapas do desconfinamento, disse que há que prosseguir "avaliando cada passo com a distância suficiente para ter a exata dimensão do que correu melhor, do que correu menos bem" e que "é muito importante continuar a testagem e é muito importante esta aceleração que está a acontecer na vacinação".
Marcelo Rebelo de Sousa voltou a considerar que a retoma das aulas presenciais, que se estendeu esta segunda-feira ao ensino secundário e ao ensino superior, é "uma nova primavera" e "um sinal de esperança, de confiança, de certeza no futuro".
O Presidente da República declarou ter sentido "a alegria do reencontro com a vida, com a escola, com a comunidade" nesta visita à Escola Secundária Padre António Vieira.
"A educação é uma peça-chave. Por que é que a abertura das escolas é o primeiro passo sempre? Porque a educação é o primeiro passo, sempre. Tudo começa na educação. Depois da educação há a economia, há a sociedade, há a política, mas tudo começa na educação", defendeu.