Os trabalhadores da refinaria da Galp em Matosinhos, que deverá encerrar até final do ano, vão protestar frente à Câmara Municipal do Porto a 25 de fevereiro, revelou à Lusa fonte do sindicato.
A concentração, que compreende a realização de um plenário de trabalhadores, está agendada para 25 de fevereiro, às 14h30, frente à Câmara Municipal do Porto, disse Telmo Silva, dirigente do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Atividades do Ambiente (SITE) do Norte e da comissão de trabalhadores.
O sindicalista explicou que o objetivo é "ouvir" o presidente da autarquia, o independente Rui Moreira, sobre o fecho do complexo petroquímico que vai afetar não só o concelho de Matosinhos, onde está sedeada, mas toda a região norte.
"Já pedimos reunião com o presidente Rui Moreira e, até agora, nada. Está calado sobre o assunto", afirmou.
Telmo Silva criticou o facto de o independente ainda não ter defendido publicamente a refinaria, sendo ele um "defensor do Norte".
A Galp anunciou em dezembro de 2020 a intenção de concentrar as suas operações de refinação e desenvolvimentos futuros no complexo de Sines e descontinuar a refinação em Matosinhos este ano.
A decisão põe em causa 500 postos de trabalho diretos e 1.000 indiretos, conforme estimativas dos sindicatos.
Telmo Silva adiantou que a empresa continua sem dar respostas aos trabalhadores, nem a apresentar soluções.
"Ainda não apresentou qualquer plano até ao momento", acrescentou.
Depois de um plenário de trabalhadores junto à Câmara Municipal de Matosinhos a 12 de janeiro, estes manifestaram-se a 2 de fevereiro em frente à sede da Galp e à residência do primeiro-ministro, António Costa, em Lisboa.
O Estado é um dos acionistas da Galp, com uma participação de 7%, através da Parpública.