“Deve ser dada a possibilidade de acesso à vacinação a qualquer adolescente com 12-15 anos, por indicação médica, de acordo com a calendarização da campanha de vacinação, isto é, respeitando as faixas etárias em vacinação em cada momento”, esclarece a Direção Geral da Saúde, numa resposta enviada à Renascença.
As dúvidas sobre as possibilidades de vacinação das crianças entre os 12 e aos 15 anos aumentaram com as declarações do Presidente da República no Brasil, onde disse que a vacinação nessa faixa etária depende da livre escolha dos pais.
Na sexta-feira, a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, tinha feito uma conferência de imprensa em que anunciou que a DGS ainda não recomenda a vacinação das crianças entre os 12 e os 15 anos e que sejam saudáveis, mas em que também admitiu a vacinação dessas crianças mediante parecer médico.
Agora, a DGS reafirma esse entendimento da necessidade de “indicação médica” e de respeitar o calendário do programa de vacinação. “Tratando-se de menores, a vacinação é discutida com os pais ou representantes/tutores legais”, acrescenta a resposta enviada à Renascença, em que são recordadas as principais linhas da comunicação de Graça Freitas.
Nessa ocasião, a diretora-geral da Saúde reiterou a importância da vacinação contra a Covid-19 das pessoas com 16 ou mais anos de idade “para abranger aqueles em que atualmente se verifica o maior número de casos de Covid-19”, como recorda agora a DGS.
“Recomendou a vacinação prioritária contra a Covid-19 dos adolescentes com 12-15 anos com comorbilidades associadas a maior risco de doença grave” e indicou que “emitirá recomendações sobre vacinação universal de adolescentes com 12-15 anos logo que estejam disponíveis dados adicionais sobre a vacinação destas faixas etárias”, reforça a resposta enviada à Renascença.
As questões colocadas pela Renascença sobre quais os termos da “indicação médica” e quais os médicos que a podem dar ficaram, por enquanto, sem resposta.