A sinistralidade nas autoestradas portuguesas diminuiu nos primeiros nove meses do ano, apesar do aumento de tráfego, avançou a Associação Portuguesa das Sociedades Concessionárias de Autoestradas ou Pontes com Portagens (APCAP), nesta segunda-feira.
Em comunicado, a APCAP sublinha que 2021 mantém a tendência de diminuição da sinistralidade verificada em 2020.
"Apesar do aumento da circulação automóvel na rede concessionada da APCAP, no período entre janeiro e setembro registou-se menos 2% de acidentes do que no ano anterior", precisa aquela associação, acrescentando que ocorreram também no mesmo período deste ano menos 7% de acidentes com vítimas face a período homólogo de 2020.
A APCAP dá igualmente destaque à menor gravidade da sinistralidade, tendo-se registado até setembro deste ano menos 7% de feridos ligeiros, menos 9% de feridos graves e menos 15% de mortes em relação ao mesmo período de 2020.
"Além da recuperação do tráfego em relação a 2020, com maior incidência no terceiro trimestre, é também boa notícia a diminuição da sinistralidade nas nossas autoestradas, que é uma preocupação e um objetivo comum a todos os associados", afirmou o presidente da APCAP, António Nunes de Sousa, citado no comunicado.
A Associação Portuguesa das Sociedades Concessionárias de Autoestradas ou Pontes com Portagens agrega 24 concessionárias e subconcessionárias de autoestradas e outras vias principais concessionadas no continente, na Madeira e nos Açores, num total de 3.630 quilómetros.
Segurança Rodoviária aponta agravamento em agosto
O último relatório da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR) indicava que a sinistralidade rodoviária se agravou em agosto com um aumento de 42,5% das vítimas mortais e de 9,1 de acidentes em relação ao mesmo mês de 2020.
Segundo o ANSR, em agosto registaram-se 2.996 acidentes rodoviários nas estradas portuguesas, que provocaram 57 mortos, 217 feridos graves e 3.644 feridos ligeiros.
O relatório indicava também que, entre janeiro e agosto, registaram-se 17.668 acidentes com vítimas no continente, dos quais resultaram 242 vítimas mortais, 1.261 feridos graves e 20.630 feridos leves.
De acordo com a ANSR, as vítimas mortais diminuíram 5,5% (menos 14) em relação ao período homólogo de 2020, mas os acidentes com vítimas aumentaram 3,7% (mais 629), os feridos graves subiram 4,6% (mais 55) e os feridos ligeiros subiram 4% (mais 784).