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A ministra da Saúde, Marta Temido, faz na sexta-feira "ponto da situação" da pandemia de Covid-19 e da nova variante Ómicron, anunciou a ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva, no final do conselho de ministros de hoje.
"A senhora ministra da Saúde e eu, ao longo desta semana, reunimos por duas vezes com os peritos que habitualmente têm participado nas reuniões do Infarmed", referiu Mariana Vieira da Silva.
"Estamos num momento em que, nos próximos dois ou três dias, teremos mais informação num momento em que precisamos de informação para tomar decisões", disse a ministra da Presidência.
A governante disse ainda que o executivo “não tem qualquer problema em prolongar ou alterar as medidas adotadas a 1 de dezembro.
O primeiro-ministro, António Costa, admitiu esta quinta-feira que poderá ser necessário prolongar as medidas de controlo das fronteiras, devido à nova variante Ómicron.
“Se é possível antecipar o que vai ser a evolução [da pandemia], podemos prever que a partir de 9 de janeiro nós vamos ter que manterás medidas de controlo das fronteiras”, disse António Costa, em declarações è entrada para o Conselho Europeu.
O primeiro-ministro defendeu também que tem que estar preparado “para adotar qualquer medida que venha a ser necessária”, com a rapidez necessária para aumentar a prevenção de um risco de escalada na covid-19.
António Costa disse ainda esperar que a semana entre 2 e 9 de janeiro “seja mesmo de contenção”, apelando à cautela e compreensão dos portugueses.
O primeiro-ministro admite a necessidade de uma quarta dose da vacina contra a Covid-19, na primavera.
"Está neste momento a decorrer uma nova compra de uma vacina adaptada já à Ómicron, que só estará disponível depois da primavera", explicou António Costa, adiantando que a ideia é ter tudo pronto para o caso de vir a ser precisa "uma quarta dose de reforço - se ela vier a ser necessária -, como infelizmente parece acho que é de prever que virá acontecer".
Num comentário a estas declarações, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, considera que o primeiro-ministro revela sensatez ao admitir novas medidas, se for necessário.
“O senhor primeiro-ministro apresentou um cenário, como quem diz: nós estamos com determinada orientação, se tudo correr bem essa orientação não implica mais restrições, se for necessário reforçar as restrições, reforçamos. Acho que é sensato, as pessoas, já estamos muito muito em cima do Natal, as pessoas percebem como devem comportar-se”, declarou Marcelo Rebelo de Sousa.
Portugal regista esta quinta-feira mais 19 mortes e 5.137 novos casos de Covid-19, indica o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS).
Nos hospitais portugueses há agora 952 pessoas internadas com Covid-19, no conjunto das enfermarias e unidades de cuidados intensivos. São menos 15 doentes em comparação com o dia anterior.
Desde a chegada da pandemia a Portugal, em março do ano passado, estão confirmadas 18.717 mortes, um milhão e 211 mil casos e um milhão e 122 mil recuperados.