“Rosarium: Alegria e Luz, Dor e Glória” é o tema da nova exposição temporária do Santuário de Fátima e apresenta o Rosário como caminho para a paz.
Com inauguração marcada para o dia 26 de novembro, terá a sua primeira visita guiada pelo comissário e diretor do Museu do Santuário, Marco Daniel Duarte, e permanecerá aberta aos peregrinos até outubro de 2024.
Em declarações à Sala de Imprensa do Santuário de Fátima, Marco Daniel Duarte explica que a exposição “tem como grande objetivo proporcionar uma reflexão sobre uma das dimensões mais estruturantes da mensagem de Fátima: rezar o terço para alcançar a paz” e acontece 20 anos depois da edição da Carta Apostólica sobre o Rosário - Rosarium Virginis Mariae -, escrita por João Paulo II, e publicada a 16 de outubro de 2002.
“Num mundo assolado pela guerra, o tema pareceu-nos da maior pertinência”, assinala, destacando, ainda, que tem também o objetivo de apresentar esta temática aos milhares de jovens que no próximo ano, por ocasião da Jornada Mundial da Juventude, passarem por Fátima.
“Os jovens vão ter a oportunidade de desenvolver uma reflexão sobre esta oração que, segundo os três videntes, foi pedida pela Mãe de Deus, em 1917”, observa.
De acordo com o Santuário de Fátima, a exposição pretende “pôr em diálogo peças de arte antiga e de arte contemporânea”, e assim apresenta duas obras originais criadas propositadamente para esta exposição: ‘Saltério’, de Ana Bonifácio, uma peça que trabalha com terços oferecidos ao Santuário de Fátima por peregrinos anónimos; ‘In Paradisum’, de Ana Lima-Netto, uma peça que trabalha o tema do Paraíso em diálogo com um Cristo Ressuscitado do século XVII e que pertence à Irmandade dos Clérigos, no Porto.
Além destas peças de arte contemporânea, a exposição integra ainda “mais quatro peças que pertencem ao Museu do Santuário de Fátima: ‘Suspensão’, de Joana Vasconcelos; ‘Sinais do Presépio’, de Emília Nadal; ‘Jaz morto e arrefece o Menino de sua Mãe’, de Clara Menéres; ‘Apanha do Maná’ e ‘Última Ceia’, de Rolando Sá Nogueira. Algumas destas peças estarão junto de outras mais antigas que foram cedidas pelo Tesouro da Catedral — Museu de Arte Sacra de Viseu”, acrescenta o Santuário.
Recorde-se que a obra “Suspensão”, de Joana Vasconcelos, surgiu no âmbito do Centenário das Aparições de Fátima, em 2017. Esta peça, esteve instalada no alto do Recinto de Oração entre 2017 e 2018.
Patentes ao público vão estar ainda terços que pertenceram aos Pastorinhos Francisco, Jacinta e Lúcia.
No entender de Marco Daniel Duarte, “a linguagem do terço está longe de estar esgotada e, ao contrário do que à primeira vista possa parecer, coaduna-se com os valores da contemporaneidade, sobretudo no que se relaciona com os conceitos de contemplação que os tempos atuais exigem”, acrescentando que esta exposição pretende “levar o visitante à contemplação dos diferentes mistérios que se meditam no rosário e à conclusão de que esses mistérios nos levam a sermos mais Humanidade”.
Novo ano pastoral
Já a jornada de abertura do próximo ano pastoral, sob o lema "Maria levantou-se e partiu apressadamente", está marcada para as 15h30, no Centro Pastoral de Paulo VI.
A sessão começa com a intervenção do padre Carlos Cabecinhas, reitor do Santuário de Fátima, seguindo-se a apresentação do Tema do Ano, por D. Américo Aguiar, bispo auxiliar de Lisboa e presidente da Fundação JMJ. Pelas 16h30, terá lugar um momento musical pelo Ensemble do Serviço de Música Sacra do Santuário de Fátima.
A diretora do Gabinete de Comunicação do Santuário de Fátima, Carmo Rodeia, fará depois a apresentação da publicação O jornal Voz da Fátima: 100 anos a olhar o mundo. O livro surgiu no âmbito das comemorações do Centenário do Jornal a Voz da Fátima, que decorreram entre outubro de 2021 e outubro de 2022. D. José Ornelas, bispo de Leiria-Fátima, fará o encerramento da sessão.
A sessão pastoral da jornada de abertura será transmitida em direto, no canal Youtube e na página do Facebook do Santuário, a partir das 15h30.