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A Federação Alemã de Futebol (DFB) admite levar a FIFA a tribunal por ter proibido a utilização das braçadeiras "One Love" ("um amor"), contra a discriminação, por parte dos capitães das seleções, durante o Mundial.
Os capitães de sete seleções iam usar braçadeiras arco-íris, da iniciativa "One Love", contra a discriminação e, em especial, de apoio à comunidade LGBTQ+, dado que, no Qatar, a homossexualidade é proibida. Contudo, a FIFA ameaçou com consequências desportivas, incluindo cartões amarelos e possíveis suspensões, e as federações acabaram por desistir da ideia. Agora, a DFB estuda ação legal.
"A FIFA proibiu-nos de defender a diversidade e os direitos humanos. E fê-lo com ameaças massivas de sanções desportivas, sem especificá-las. A Federação está a verificar se essa ação é legal", explica Steffen Simon, porta-voz da DFB.
Segundo o jornal "Bild", a DBF vai mesmo fazer queixa contra a FIFA junto do Tribunal Arbitral do Desporto (TAD).
Esta quarta-feira, no jogo de estreia no Mundial, frente ao Japão, os jogadores da seleção da Alemanha taparam a boca, na fotografia de grupo, em protesto com a FIFA e com o Qatar.
"Proibir a braçadeira é como calar as nossas bocas", sublinhou a DFB, em comunicado no Twitter.