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A ministra polaca da Família e Política Social, Marlena Malag, pede a "solidariedade" de todos os países da União Europeia (UE) para o acolhimento de refugiados, que tenderão a aumentar com o progresso dos ataques russos.
A responsável indicou que, com a extensão da invasão russa a Leópolis, na zona ocidental da Ucrânia, a Polónia espera "um maior número de pessoas com poucas posses, que vão necessitar de maior apoio financeiro, pelo que a cooperação entre todos os Estados membros será imprescindível".
Marlena Malag falava durante a reunião de ministros do Emprego e de Assuntos Sociais dos 27 membros da UE, que decorreu esta segunda-feira em Bruxelas, e na qual foram debatidos os esforços que estão a ser realizados para colher e integrar os refugiados em fuga da guerra na Ucrânia.
A Comissão Europeia apresentou uma proposta para flexibilizar as normas, de forma que os Estados membros destinem fundos de coesão para ajudar a quem escapa ao conflito bélico.
Desde o início da invasão entraram na Polónia 1,7 milhões de ucranianos, segundo a ministra: "A situação atual muda as regras do jogo, redefine a História. Enfrentamos um novo desafio e não creio que haja um desafio maior do que a solidariedade para com a Ucrânia", urgiu.
Acrescentou que as declarações de apoio "são importantes", mas "é preciso unir forças para fazer frente a este desafio", vincando que a Polónia quer evitar criar campos de refugiados para os ucranianos.
A Polónia, a Hungria, e a República Checa foram dos países mais relutantes em receber imigrantes de países do Médio Oriente e do norte de África no seu território.
Por sua parte, o comissário europeu do emprego, Nicolas Schmit, mencionou na reunião desta segunda-feira que a estimativa é que se possa assistir à chegada de dez milhões de refugiados ucranianos, cerca de um quarto da população da antiga república soviética.
Schmit mostrou-se confiante que os legisladores da UE cheguem a um acordo antes do final do mês de março para que surjam propostas concretas da Comissão Europeia para facilitar fundos de coesão e ajudar os refugiados.
Insistiu ainda na necessidade de refletir e estimar as consequências desta crise para o emprego, não descartando que se tomem medidas adicionais perante a chegada de mais refugiados à UE.
Por seu turno, o ministro checo do trabalho e dos Assuntos Sociais, Marian Jurecka, disse não ser partidário da imposição de quotas obrigatórias para distribuir os refugiados entre os Estados membros.
"Eu apelo aos outros Estados membros, como a Alemanha, a França, Espanha e Itália e outros países da União Europeia que demonstrem claramente aos cidadãos ucranianos que estão dispostos a ajudar com assistência social, sanitária, acesso aos sistemas educativos e ao mercado laboral, como estão a fazer os países onde já estão a entrar", disse, pedindo ainda um pacote financeiro específico para fazer face à crise dos refugiados.