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Os corpos de bombeiros contam, a partir desta terça-feira, com uma Linha de Apoio Psicossocial. A iniciativa, promovida pela Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), vai procurar dar resposta às dúvidas e ansiedades dos bombeiros perante a Covid-19.
A pandemia do novo coronavírus trouxe muitas mudanças ao trabalho dos bombeiros, novas exigências, novos receios e, por isso, algumas fragilidades psicológicas.
Para combater a pressão acrescida, a linha de apoio psicossocial da ANEPC é dirigida aos corpos de bombeiros e, em particular, aos comandantes, explica à Renascença Rui Ângelo, responsável pela Divisão de Segurança, Saúde da ANEPC.
“Esta linha, numa primeira abordagem, visa fazer uma consultadoria com o comando do corpo de bombeiros que nos contacta e, aí, vamos identificar as necessidades. Pode ser necessidades ao nível de prestar sugestões de estratégias para gerir melhor o stress dos bombeiros que lideram ou pode ser a necessidade de intervir junto de bombeiros que estiveram expostos a uma situação ou com mais dificuldade em gerir o stress. Depois temos cerca de 30 técnicos a quem nós podemos indicar para fazerem estas intervenções.”
Mais de 70 bombeiros infetados
Rui Ângelo sabe bem que tipo de sintomas e receios surgem num cenário destes, nomeadamente o receio de ficar infetado com o novo coronavírus.
“Existem situações na situação de socorro em que o risco de contágio é bastante elevado. Isto provoca níveis de ansiedade e nervosismo que são muito superiores à prática normal dos corpos de bombeiros”, explica.
As infeções por Covid-19 já chegaram também aos bombeiros, assim como os isolamentos profiláticos. Rui Ângelo adianta que, até às 00h00 desta terça-feira, havia “74 bombeiros com teste positivo de Covid-19 e 342 em isolamento”.