Ainda não há uma posição comum definitiva dos 28 líderes europeus. A União Europeia procura alcançar um acordo para oferecer à Turquia que permita gerir a situação dos refugiados e conter os fluxos migratórios em direcção à Europa.
As negociações vão continuar esta sexta-feira à volta de vários pontos. Por um lado, os 28 pretendem que todos os migrantes que entrem de forma irregular na União Europeia sejam devolvidos à Turquia.
A União Europeia deverá ainda aceitar relocalizar refugiados nos estados membros, a partir da Turquia. Mas este complexo mecanismo deverá respeitar o direito europeu e internacional.
Em troca, a União Europeia está disponível para oferecer uma assistência de três mil milhões de euros à Turquia para gerir a situação dos refugiados. Mas aqui começam as dificuldades: A Turquia quer duplicar esse montante, pede uma liberalização dos vistos que facilite a entrada dos seus cidadãos no espaço europeu e quer também acelerar as negociações de adesão à União Europeia.
A Chanceler Angela Merkel disse já esta noite que a União Europeia deve estar pronta a recolocar migrantes da Grécia na Turquia, para evitar um afluxo demasiado intenso aquando da possível aprovação de um novo sistema. Não há ainda data para que tal aconteça. Merkel disse ainda que o acordo com Ancara vai ser difícil, mas é desejado por todos os países.
Já o primeiro-ministro luxemburguês, Xavier Bettel, anunciou, em Bruxelas, ter havido um acordo entre os 28 Estados-membros da União Europeia (UE) sobre o acordo a apresentar na sexta-feira à Turquia, no âmbito da crise migratória.
Através da rede social Twitter, Bettel indicou que o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, irá apresentar a proposta ao primeiro-ministro turco, Ahmet Davutoglu, antes de os líderes europeus voltarem a reunir-se.
Porém, fonte diplomática informou haver um "conjunto de princípios, mas não um texto consensualizado". Uma outra fonte sublinhou que "não há um texto fechado" para apresentar a Ancara.
O primeiro-ministro belga, Charles Miguel indicou que um "acordo com a Turquia não pode ser um cheque em branco".