Pedro Passos Coelho, antigo primeiro-ministro e líder do PSD que não esteve na recente convenção da AD, afirma que este não é o seu tempo e não comenta a atualidade política, que está a ser também marcada pelas buscas na Madeira.
“Este não é o meu tempo”, disse Pedro Passos Coelho aos jornalistas, à margem do lançamento, em Lisboa, do livro "Lendas e Contos Populares Transmontanos - Tesouros da Memória (Vol. I: Bragança e Vinhais)”, de Alexandre Parafita.
“O PSD tem um líder, que é o Dr. Luís Montenegro, é ele que está a dirigir a estratégia do PSD, é ele que está a preparar a estratégia eleitoral e, portanto, ele é que é a voz autorizada que deverá conduzir o PSD nesta fase”, sublinhou.
Sem esclarecer se vai marcar presença na campanha para as eleições legislativas de 10 de março, Passos Coelho garante que não fez um “voto de silêncio” e que continua a ter opinião e a “pensar bastantes coisas sobre o que se passa”.
No entanto, recorda que enquanto ex-primeiro-ministro e antigo líder do PSD as suas palavras podem ser sujeitas a interpretações e prefere o recato.
“Não posso esquecer-me que fui líder do PSD durante muitos anos, fui alguns anos primeiro-ministro… é natural que aquilo que eu possa dizer tenha uma leitura diferente do que diriam outras pessoas.”
“Eu não desejo intervir. O que quer que diga presta-se depois a muitas interpretações”, sublinhou Passos Coelho.