O ministro da Cultura assume apreensão com a situação dos trabalhadores da Global Media.
Pedro Adão e Silva recebeu, nos últimos minutos, à entrada da Câmara Municipal do Porto, onde, a esta hora, já estará a decorrer a última reunião do conselho de Ministros, um representante dos funcionários do Jornal de Notícias.
Pela primeira vez em 35 anos, o JN não está nas bancas, esta quinta-feira. Os trabalhadores estão em greve, em protesto contra a intenção do grupo Global Media em rescindir com mais de 150 funcionários.
Uma situação preocupante, admite o ministro, considerando que esta “é uma questão que nos deve preocupar a todos”.
“Eu não posso deixar de ser sensível a isso”, disse Pedro Adão e Silva, lembrando que “houve um anúncio público da entrada de novos acionistas e esse anúncio público veio acompanhado de uma vontade de investir e a primeira notícia que temos é que, afinal, há um processo de despedimento”.
Um processo que, no entender do ministro, “só pode fragilizar muito as redações que já estão depauperadas por relação a um passado não muito distante”.
Pedro Adão e Silva mostrou ainda a sua “disponibilidade e
interesse” em reunir com uma representação do GMG.
O Global Media Group (GMG), grupo que controla o Jornal de Notícias, Diário de Notícias, O Jogo e TSF, vai negociar, “com caráter de urgência”, rescisões com 150 a 200 trabalhadores e avançar com uma reestruturação, para evitar “a mais do que previsível falência do grupo”, anunciou esta quarta-feira num comunicado interno.