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O Presidente da República condena a invasão do território da Ucrânia pelas forças militares da Rússia, que começou esta madrugada.
“Condeno veementemente a atuação da Federação Russa pela violação ostensiva do Direito Internacional”, declarou Marcelo Rebelo de Sousa.
O chefe de Estado manifesta “solidariedade ao povo e ao Estado ucranianos” e reforça o apelo do secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, “à cessação desta violação grosseira do Direito internacional”.
Marcelo Rebelo de Sousa marcou para hoje, ao meio-dia, uma reunião extraordinária do Conselho Superior de Defesa Nacional.
"Esse órgão tem de ser ouvido e dar parecer favorável àquilo que venha a ser a proposta do Governo no domínio da política de Defesa, quanto às forças armadas portuguesas, se for caso disso, nomeadamente no quadro da NATO, no território da NATO e nos objetivos da NATO", explica o Presidente da República, em declarações à Renascença.
Portugal está disponível para enviar militares para apoiar ações da NATO na Europa? Marcelo Rebelo de Sousa diz que "é uma matéria que naturalmente será objeto da proposta do Governo e sobre ela se pronunciarão os conselheiros do Conselho Superior de Defesa Nacional".
Portugal pode utilizar até 1.049 militares na força de reação rápida da NATO, caso a Aliança Atlântica precise de todos os meios atribuídos por Portugal à "task force" de grande prontidão da NATO.
Trata-se de uma força conjunta multinacional com uma prontidão até sete dias, capaz de assegurar uma resposta militar rápida a uma crise emergente.
Em relação aos portugueses que vivem na Ucrânia, o Presidente da República diz que a situação destes cidadãos está a ser também acompanhada pelo Governo.
"Os cidadãos portugueses podem estar seguros que os seus representantes políticos estão permanentemente a cuidar daquilo que possa ser a sua situação na conjuntura destas últimas horas", assegura Marcelo Rebelo de Sousa.
A Embaixada de Portugal em Kiev aconselha os portugueses a sair da Ucrânia pela fronteira terrestre com território da União Europeia. A missão portuguesa tem contactos de emergência e um ponto de encontro para quem quiser ajuda diplomática.
As tropas russas invadiram esta quinta-feira de madrugada a Ucrânia, dois dias depois do Presidente Vladimir Putin ter reconhecido a independência de duas zonas separatistas no Leste do país.
De acordo com os relatos no terreno, os militares russos invadiram a Ucrânia através de três frentes, Norte, Leste e pela Crimeia, no Sul.
Ursula von der Leyen, a presidente da Comissão Europeia, garante que a Ucrânia vai prevalecer, com o apoio da União Europeia.
Em conferência de imprensa, Von der Leyen acusou Putin de estar a querer voltar atrás no tempo, até ao Império Russo, mas, com isso, põe em risco o futuro do povo russo. “Ele está a pôr em risco o futuro do povo russo.”
O ministro português dos Negócios Estrangeiros condena a atuação da Rússia, que diz violar da lei internacional.
“Estamos perante uma evidente agressão militar da Rússia à Ucrânia, uma violação grosseira, absoluta da lei internacional, da Carta das Nações Unidas, dos princípios básicos que regulam a coexistência pacífica entre as nações”, afirma Augusto Santos Silva à Renascença.
Nas primeiras horas de invasão, a Ucrânia relata pelo menos oito mortes e mais de uma dezena de feridos nas primeiras horas da invasão russa ao país, segundo o assessor do Ministério do Interior, Anton Gueraschenko.
“Uma mulher e uma criança ficaram feridas na região de Konopot, onde um carro se incendiou. Na cidade de Podolsk, na região de Odessa, há sete mortos, sete feridos e 19 desaparecidos como resultado do bombardeio. Na cidade de Mariupol, região de Donetsk, há um morto e dois feridos”, relatou o responsável, na plataforma Telegram.