O presidente do PSD, Rui Rio, afirmou esta sexta-feira que o PS e o Governo estão a "sofrer um claro esgotamento" que se verifica "nas relações entre governantes", "dentro do grupo parlamentar" e nas "relações entre dirigentes".
"O PS está naturalmente e o Governo a sofrer um claro esgotamento. Nota-se nas relações entre governantes, nota-se nas relações dentro do grupo parlamentar do PS, nota-se nas relações entre dirigentes do PS", afirmou.
O líder do PSD, que falava na apresentação da recandidatura de Salvador Malheiro a um terceiro mandato à frente da Câmara Municipal de Ovar, disse ainda que apenas as "nomeações" interessam aos socialistas e defendeu que "isso não é forma de governar o país".
"Depois há uma coisa que os une e junta. Essa coisa são as nomeações, porque as nomeações que podem fazer para o aparelho do Estado, essas, interessa a todos. Os que gostam mais e os que gostam menos uns dos outros. Aí, eles unem-se, mas isso não é forma de se governar o país", defendeu Rui Rio.
Dando como exemplo da nomeação de "um comentador" para comissário dos 50 anos do 25 de abril, o líder do PSD referiu que as celebrações desta data deveriam "ser a coisa mais independente e isenta".
"Fazem isto exatamente na mesma altura em que a câmara municipal mais importante que o PS governa, a Câmara Municipal de Lisboa, e não será exatamente em honra do 25 de abril, é exatamente ao contrário, que se percebe que denuncia manifestantes a países cujas regras democráticas deixam muito a desejar", criticou.
Na Arena Dolce Vita, em Ovar, onde estiveram presentes perto de 400 apoiantes do partido, entre eles Filipe Menezes, antigo presidente do PSD, Rui Rio disse ainda estar convencido de que "pelo fraco desempenho que o Governo tem vindo a ter nos últimos meses", nestas eleições autárquicas, os portugueses vão mostrar "algum descontentamento".
"Penso que os portugueses nestas eleições autárquicas vão também, na altura do voto, valorizar um pouco a necessidade de mostrar a este Governo algum descontentamento para que ele perceba que tem de mudar", salientou.