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A norma da DGS que prevê as situações em que se pode usar os testes rápidos à Covid-19 entrou em vigor a 9 de novembro, mas, mais de uma semana depois, as escolas e os lares continuam sem receber orientações.
Esta tarde, tanto a associação que representa os lares privados, como a Associação dos Diretores de Agrupamentos, lamentaram a falta de informação.
O presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas, Filinto Lima diz que depois do anúncio do primeiro-ministro, e depois de o decreto ter chegado às escolas, falta informação sobre os procedimentos a adotar.
"É uma medida muito positiva, e trará com certeza mais segurança ao local, que já é muito seguro, que são as escolas”, diz.
“Contudo, até este momento, para além do anúncio do primeiro-ministro não temos qualquer conhecimento dos procedimentos, das circunstâncias em que estes testes serão aplicados. Portanto urge que o Ministério da Saúde faça chegar às escolas públicas e às privadas os procedimentos a ter com a aplicação destes testes rápidos."
Filinto Lima lamenta critica a demora e alerta para que não se venham a defraudar as espectativas da comunidade escolar: "Os pais estão na expetativa. Não podemos defraudar as expetativas das comunidades educativas, dos pais, dos alunos, dos professores e dos funcionários, numa situação que merece a nossa consideração, merece o nosso aval, mas o que é certo é que ainda não está implementada no terreno."
Também a associação que representa os lares privados lamenta a ausência de informação.
O Presidente da Associação de Apoio Domiciliário, de Lares e Casas de Repouso de Idosos, João Ferreira Almeida, diz à Renascença que o Governo ainda não explicou quem e em que condições pode realizar esses testes.
"Não temos informações. Fala-se nos lares, fala-se nas escolas também, mas não temos informações detalhadas sobre o assunto.”
“Não sei se só profissionais de saúde, da saúde pública, o poderão fazer, ou se os profissionais de saúde devidamente habilitados os podem fazer nos lares. Seria bom que sim, porque podia-se evitar uma série de problemas se tivéssemos alguma autonomia."
O Presidente da Associação de Lares Privados revela que já pediu orientações ao Ministério da Solidariedade, mas até ao momento não obteve resposta.
A Renascença tentou obter clarificação junto da DGS, mas também ainda não teve qualquer resposta.
A norma da DGS que prevê as situações em que se pode usar este tipo de testes entrou em vigor há mais de uma semana e, entretanto, a ARS Norte prevê aumentar de forma significativa ainda esta semana o recurso aos testes rápidos.