No último Angelus antes do Natal, Francisco alertou para os riscos do consumismo e convidou a ajudar os que mais precisam em tempo de pandemia.
“Neste momento difícil, em vez de nos lamentarmos do que a pandemia nos impede de fazer, façamos alguma coisa pelos que têm menos: Não, ao enésimo presente para nós e para os nossos amigos, mas antes para alguém necessitado”, disse o Papa esta manhã, no Vaticano.
Contra a habitual correria das compras, Francisco deixou um outro conselho. “Para que Jesus nasça em nós, preparemos o coração, rezemos, não nos deixemos arrastar pelo consumismo - tenho de comprar presentes, de fazer isto e aquilo… num frenesim de fazer coisas. O importante é Jesus.”
Segundo Francisco, “o consumismo sequestrou-nos o Natal. O consumismo não está na manjedoura de Belém. Nela está a realidade, a pobreza e o amor.”
Deixou ainda votos de que esta seja uma “oportunidade de renovação interior, de oração, de conversão, de passos em
frente na fé, e de fraternidade”.
No final do Angelus, o Papa não esqueceu os cerca de 400 mil homens do mar que, devido à pandemia, “estão retidos nos navios, terminaram os seus contratos e não podem regressar a casa”.
Francisco invocou a proteção da Virgem Maria Stella Maris para “confortar estas pessoas e todos os que vivem em situações difíceis”, pedindo aos governos para fazerem “todo o possível para que possam regressar para junto dos seus entes queridos”.