Nuno Campos pede "tempo" para Mourinho em Roma
16-08-2021 - 12:45
 • Rui Viegas

Ex-adjunto de Paulo Fonseca nos "giallorosso", em entrevista a Bola Branca, pretende iniciar a carreira de treinador principal em Portugal. Nuno Campos passou também por Shakhtar, FC Porto, Braga e Paços de Ferreira.

"É preciso dar tempo a José Mourinho na Roma". Quem o aconselha é Nuno Campos, ex-adjunto dos italianos com Paulo Fonseca, e que entretanto se desligou do seu chefe de equipa para iniciar uma carreira como "principal".

Em entrevista a Bola Branca, Campos foi convidado a perspetivar a passagem de testemunho entre treinadores lusos nos "giallorosso".

"Será injusto pedirem já títulos ao José Mourinho, uma vez que ele precisa de tempo. Sem tempo ninguém cria coisa nenhuma. E se andarem sempre a mudar não vai ser bom para a Roma", adverte Nuno Campos.

Para além de Mourinho, também Rui Patrício é uma cara nova, portuguesa, nos romanos. O técnico que trabalhou as últimas duas temporadas no "Olímpico" considera que a baliza do conjunto transalpino está garantida, com o guardião da seleção das quinas.

"A carreira do Rui Patrício fala por si e a baliza da Roma está muito bem entregue", sublinha, Nuno Campos.

Campos quer a I Liga

Aos 46 anos, Nuno Campos procura uma carreira a 'solo', após mais de 15 anos no banco de suplentes ao lado de Paulo Fonseca. Entre as camadas jovens do Estrela da Amadora e a AS Roma passaram-se 16 épocas, com passagens por Aves, Paços de Ferreira, Porto, Braga ou Shakhtar.

O objectivo atual é orientar um clube da Primeira Liga em Portugal, quiçá já na presente temporada. Nuno Campos, porém, não tem pressa.

"Já apareceram alguns convites e depois de Itália sinto-me mais preparado, mas achei que ainda não era o momento certo. Toda a gente sabe que tinha um papel activo na equipa técnica do Paulo [Fonseca]. A ideia é trabalhar na 1ª Liga. Acredito que vou começar esta época ainda", confia, numa altura em que acaba de dirigir o 19º Estágio do Sindicato dos Jogadores, destinado a atletas sem clube, em Odivelas.

"Senti-me na obrigação de vir ajudar estes miúdos, para que amanhã tenham um futuro melhor do que têm hoje. Nós por vezes estamos numa realidade diferente, em que pensamos que o mundo [futebol] é mais cor de rosa, e - chegando aqui - vemos que há dificuldades", explica.