Após vários dias de espera, o navio "Geo Barents", da organização Médicos sem Fronteiras (MSF), com 322 migrantes resgatados no Mediterrâneo recebeu autorização das autoridades italianas para desembarcar no porto de Augusta, na Sicília.
A organização não-governamental tinha feito um novo apelo para que os países da zona concedessem um porto para desembarcar, pois as condições físicas e mentais dos migrantes começavam a preocupar.
O responsável da equipa de resgate do navio, Iasonas Apostolopoulos explicou, num vídeo, que no barco estão 95 menores, 84 deles não acompanhados, e que há casos de queimaduras, feridas devido ao sol e desidratação e que, "alguns necessitavam de cuidados especiais que só podiam receber em terra".
Alguns estão há mais de duas semanas a bordo, desde o primeiro resgate a 5 de agosto, quando foram salvos 25 migrantes que se encontravam num bote.
Os migrantes foram resgatados na chamada rota do Mediterrâneo Central, encarada como uma das mais mortais, que sai da Tunísia, Argélia e da Líbia em direção a Itália, em particular à ilha de Lampedusa, e a Malta.
Perante a ausência de resposta por parte das autoridades de Malta aos pedidos dos navios de resgate humanitário, Itália está a assumir neste momento todo o fluxo de migrantes da rota central.
Segundo dados da Organização Internacional para as Migrações (OIM), pelo menos, 54.874 pessoas chegaram à Europa por mar e 1.215 estão dados como desaparecidos ou mortos.