O presidente do CDS, Francisco Rodrigues dos Santos, marcou uma conferência de imprensa na sede do partido para o final da tarde de terça-feira, onde irá anunciar o que vai fazer perante a crise política em que entrou o partido desde que o ex-dirigente Adolfo Mesquita Nunes mostrou disponibilidade em avançar para a liderança.
A Renascença sabe que uma das hipóteses que está a ser ponderada é a de Francisco Rodrigues dos Santos avançar com uma moção de confiança à sua liderança, mas a decisão ainda não está tomada.
Na conferência de imprensa, o líder do CDS deverá ainda anunciar a data do conselho nacional do partido, ideia que, de resto, já defendeu na reunião da comissão política nacional da passada quinta-feira, após as saídas do vice-presidente do partido Filipe Lobo D'Ávila e de dois vogais da comissão executiva.
A Renascença sabe que, desde a semana passada, Francisco Rodrigues dos Santos tem estado a ponderar todas as hipóteses e que mostrar vontade de continuar ou não na liderança do CDS depende de diversos fatores, não sós políticos, mas também pessoais.
A crise política no CDS agudizou-se logo a seguir às eleições presidenciais de dia 24. Logo a seguir, Adolfo Mesquita Nunes publicou um artigo de opinião no Observadora pedir um congresso antecipado. Francisco Rodrigues dos Santos, primeiro, recusou. Na quinta-feira, Nuno Melo manifestou-se disponível para ser candidato à liderança do CDS, mas apenas em 2022.
No mesmo dia, foi conhecida a demissão de Filipe Lobo d’Ávila, da direção de Francisco Rodrigues dos Santos, o que lhe retira estabilidade nos órgãos nacionais.
Já no sábado, em entrevista ao Público, Mesquita Nunes deixa claro que será candidato se houver congresso antecipado. Essa decisão vai caber ao conselho nacional cuja reunião Francisco Rodrigues dos Santos deve anunciar esta terça-feira.