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O Governo aprovou esta quinta-feira a aquisição de 6,9 milhões de doses de uma potencial vacina contra a Covid-19, anuncia o primeiro-ministro, António Costa.
“A União Europeia coordenou uma aquisição conjunta para os diferentes países da União Europeia. Hoje, num Conselho de Ministros eletrónico, autorizámos já a aquisição do primeiro lote, num total de 6,9 milhões de vacinas, que por via desse processo de aquisição da UE está em curso”, revela António Costa.
O primeiro-ministro falava à margem da visita o Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia - Espinho, onde inaugurou o novo serviço de internamento.
"A UE seleccionou seis das diversas vacinas em desenvolvimento a nível mundial como aquelas seis em que valia a pena investir no seu desenvolvimento, produção e aquisição”, sublinha António Costa.
A Comissão Europeia anunciou um acordo prévio de aquisição com a farmacêutica alemã CureVac para assegurar 225 milhões de doses de uma potencial vacina para a Covid-19, que serão distribuídas pelos Estados-membros da União Europeia.
“Prevê-se que a Comissão disponha de um quadro contratual para a compra inicial de 225 milhões de doses em nome de todos os Estados-membros, a fornecer logo que uma vacina se tenha revelado segura e eficaz contra a Covid-19”, informa o executivo comunitário em comunicado hoje divulgado.
O primeiro-ministro considera que uma potencial vacina - que será gratuita para os portugueses - representa uma "luz ao fundo do túnel" e será preciso definir critérios para o processo de vacinação.
De acordo com o comunicado do Conselho de Ministros, foi aprovado um investimento de20 milhões de euros para a aquisição de uma futura vacina para a Covid-19.
"Sabemos agora que há uma luz ao fundo do túnel que é a vacina que pode chegar, que Portugal já aprovou a sua participação no programa da UE e mobilizou os recursos financeiros para podermos adquirir estes 6,9 milhões de vacinas. Confiamos que as autoridades de saúde competentes, a Direção-Geral da Saúde, defina os critérios que devem obedecer à vacinação progressiva, universal e gratuita da população portuguesa para garantir a imunização", declarou.
O primeiro-ministro afirma que "os otimistas acreditam que no final deste ano haverá os primeiros lotes" de uma potencial vacina, mas isso pode não acontecer. "Até haver uma imunização geral da população ou um tratamento para esta doença, temos que estar preparados para o pior” , sublinha.
António Costa garante que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) está preparado, mas tem de continuar a ser reforçado.
“Não vamos poder voltar a encerrar totalmente empresas e escolas”
Portugal tem de estar preparado para um eventual agravamento da pandemia de covid-19, no outono e inverno, e não pode voltar a fechar empresas e escolas, afirma o primeiro-ministro.
"O vírus é muito novo e ninguém saber verdadeiramente como se comporta. Há uma coisa que todos nós sabemos: os seres humanos adoecem mais no outono e no inverno do que na primavera e no verão. Portanto, temos que nos preparar para o outono e para o inverno, com a consciência de que não vamos poder ter no próximo ano a capacidade de resposta que tivemos em março, quando decidimos encerrar as escolas, porque o ano letivo que vamos reabrir não pode decorrer com as escolas de novo totalmente encerradas", disse António Costa.
Durante a visita ao Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia - Espinho, o chefe do Governo referiu que "não vamos poder voltar a encerrar totalmente empresas e atividades empresariais, porque isso significa milhares de postos de trabalho em risco e uma destruição coletiva da riqueza do país e do funcionamento da nossa sociedade".
Números do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), revelados esta quinta-feira, mostram que o desemprego voltou a subir em julho. Portugal tinha registadas 407.302 pessoas nos centros de emprego.
Em relação ao mês anterior a variação é de 0,2% (mais 637 indivíduos). Mas face ao mesmo período do ano passado subiu 37% (mais 110. 012).
EVOLUÇÃO DA COVID-19 EM PORTUGAL