A Câmara dos Representantes vai fazer chegar ao Senado, já na próxima segunda-feira, o processo de destituição do ex-presidente norte-americano Donald Trump.
O líder dos republicanos no Senado, Mitch McConnell, tinha pedido mais tempo para prepararem a defesa de Trump, mas os democratas vão já avançar com a nova fase do processo depois de o “impeachment” ter sido aprovado na Câmara do Representantes.
O novo presidente do Senado, o democrata Chuck Schumer, anunciou esta sexta-feira que o processo de Trump vai dar entrada na segunda-feira, mas não avançou uma data para o início do julgamento.
“A Câmara dos Representantes vai entregar o artigo de destituição ao Senado. O Senado vai conduzir um julgamento de impeachment a Donald Trump. Será um julgamento completo e justo”, declarou Chuck Schumer.
Em causa neste segundo processo de destituição contra Trump está o alegado envolvimento do ex-presidente na invasão ao Capitólio, a 6 de janeiro, por um grupo de apoiantes. Cinco pessoas morreram em resultado do ataque.
O processo de destituição funda-se na 25ª emenda - que nunca tinha sido invocada - que prevê a remoção de um Presidente por incapacidade e foi espoletado pela invasão do Capitólio na semana passada por apoiantes de Trump, depois de este os ter instigado a resistir à certificação da eleição de Joe Biden que decorria no Congresso. Os congressistas concluíram que o Presidente é culpado de "incitar à insurreição".
Trump tornou-se na semana passada no primeiro Presidente da história dos Estados Unidos a ser destituído duas vezes pela Câmara dos Representantes e será o primeiro a ser julgado no Senado já depois de abandonar o cargo.
Para o "impeachment" receber a luz verde final terá que contar com o apoio de, pelo menos, 17 dos 50 senadores republicanos.
Depois, será necessário realizar outra votação para impedir que Donald Trump se possa voltar a candidatar a Presidente dos Estados Unidos.