A defesa do suspeito do atropelamento mortal junto ao estádio da Luz vai recorrer depois do Tribunal de Instrução Criminal ter aplicado a mais dura das medidas de coacção.
O homem de 35 anos é suspeito de um crime de homicídio qualificado e de quatro crimes de tentativa de homicídio.
Em declarações à Renascença, o advogado Carlos Melo Alves explica que recorre porque “há uma nuance técnica que tem a ver com dolo”. “Diz o tribunal que é dolo eventual. Dolo eventual e negligência, para fazer a destrinça, é muito complicada”, considera.
“Aquilo que sempre defendemos é que aquilo que eventualmente poderia indiciar era a existência de homicídio negligente. Continuamos a entender que temos razão e vamos colocar a questão ao tribunal superior”, acrescenta o advogado.
Carlos Melo Alves vai também tentar alterar a medida de coacção, mas “vamos estudar melhor essa questão”.
O advogado do suspeito acrescenta que “toda a prova tem que ver com as imagens de vigilância. O vídeo de vigilância é muito importante, muito importante mesmo”.
Nestas declarações à Renascença, Carlos Melo Alves considera que “a versão” do seu constituinte “é aquela que nos parece a mais razoável do ponto de vista da interpretação desse meio de prova”.
Fonte ligada ao processo adiantou à Lusa que neste momento "há mais quatro arguidos" que estiveram envolvidos nos confrontos entre elementos das claques do Sporting e do Benfica.
O atropelamento mortal do italiano Marco Ficini ocorreu na madrugada de sábado passado, horas antes do dérbi entre Sporting e Benfica, nas imediações do Estádio da Luz.