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A líder do PAN – Pessoas, animais, natureza – pediu esta quarta-feira em Leiria uma intervenção do Estado no sentido de garantir uma maior fiscalização e mesmo encerramento de unidades suinícolas ilegais.
Inês Sousa Real afirmou aos jornalistas que é importante haver não só “uma transição e um respaldo para os trabalhadores”, mas acima de tudo que seja feita “uma transição do ponto de vista ambiental, porque faltam-nos ETARS nestes locais que não estão a ser construídas.”
A candidata lembrou “o investimento que não foi executado” na construção de uma estação de tratamento de águas residuais (na região de Leiria) e as sucessivas denúncias de descargas ilegais que a comunidade tem feito e que são “situações de saúde pública que põem em causa a saúde de todos”.
Numa cidade por estes dias movimentada devido à realização da Taça da Liga, Inês Sousa Real distribuiu folhetos com o programa do partido e foi ouvindo as interpelações dos populares.
Um deles, Joaquim Dias, pediu à candidata que “ande mais devagar”.
Afirmando concordar “com muitas coisas” que o partido defende, o septuagenário mostrou-se, contudo, contrário “à forma como o partido quer fazer a rutura”. E deu como exemplo a proposta de abolição das touradas. Aí, Inês Sousa Real explicou que “o que defendemos é que o animal deixe de ser torturado na arena” e que, ao invés, "seja promovido no campo e na lezíria e que as pessoas possam ver os touros em liberdade.”
Mas, para Joaquim Dias, “há coisas mais importantes do que as touradas” e que devem ser salvaguardadas, como as tradições. É que "às touradas quem não gosta não vai”. Porque, senão, “vocês assumem o papel de fascistas, só a proibir as coisas”, acrescentou.
Já um grupo de jovens adolescentes, ao ler o programa do partido, manifestou o seu apoio a todas as propostas do PAN.