A vacina para prevenir a hepatite A, administradas no âmbito do actual surto, passam a ser gratuitas e isentas de taxas moderadoras, confirmou, esta segunda-feira, à Renascença o director-geral da Saúde, Francisco George.
"Há uma 'via verde' de acesso aos tratamentos preventivos sobre hepatite A", explicou.
As pessoas que vivem ou têm contacto sexual com doentes com hepatite A devem ser vacinadas até duas semanas após o último contacto, segunda nova norma da Direcção-Geral da Saúde sobre o surto que em Portugal regista 160 casos.
No caso de ter sido ultrapassado o limite de duas semanas a seguir à exposição ou ao contacto com a pessoa com hepatite A, a vacina não está indicada. A DGS aconselha, então, os utentes a estarem vigilantes relativamente a eventuais sintomas e a reforçar medida para evitar a transmissão. Cabe preferencialmente ao médico que identificou a infecção identificar os contactos e prescrever a vacina.
A DGS frisa que não são administradas a ninguém segundas doses de vacinas: “Os cidadãos a quem tiver sido administrada uma dose da vacina contra a hepatite A no decurso da sua vida devem ser tranquilizados e informados que uma dose permite a eficácia desejada”.
É ainda recomendado aos médicos que avaliem criteriosamente a decisão de vacinar pessoas com mais de 55 anos, excepto se forem portadores de doença hepática. Caberá a cada Administração Regional de Saúde e às secretarias regionais das Regiões Autónomas informar sobre os locais de vacinação em cada região. Os sites destas instituições e da DGS devem também divulgar esta informação.
Em Portugal, do início do ano até agora foram notificados 160 casos de hepatite A, cerca de metade dos quais foram internados. Do total de doentes, 93% são adultos jovens do sexo masculino e principalmente residentes na área de Lisboa e Vale do Tejo.