O Banco Central Europeu (BCE) decidiu esta quinta-feira manter as taxas de juro inalteradas, nos 4,5%. É a primeira vez que não sofrem um aumento desde julho de 2022.
"O Conselho do BCE decidiu hoje manter as três taxas de juro diretoras inalteradas", indica a instituição em comunicado. "A informação que tem vindo a ser disponibilizada confirmou amplamente a anterior avaliação das perspetivas de inflação a médio prazo."
No mesmo comunicado, os governadores do BCE referem que ainda se espera que a inflação permaneça demasiado elevada durante demasiado tempo.
O BCE sublinha ainda que os aumentos das taxas de juro anteriormente decididos continuam a ser condição para o financiamento, o que está a atenuar a procura, pelo que, na opinião da instituição financeira, está a ajudar a reduzir a inflação.
Na conferência de imprensa, Christine Lagarde descreveu que "a inflação ainda deve permanecer muito alta por muito tempo" e que "as pressões internas de preços permanecem fortes".
"Ao mesmo tempo, a inflação desceu consideravelmente em setembro, incluindo devido a fortes efeitos de base, e a maioria da medidas da inflação subjacente continuou a abrandar", explicou.
A presidente do BCE afirmou que "os anteriores aumentos das taxas de juro estão a ser transmitidos de forma vigorosa às condições de financiamento" o que está "cada vez mais a atenuar a procura, ajudando, desse modo, a reduzir a inflação".
Lagarde reafirmou a determinação do Banco Central Europeu em "garantir que a inflação regresse aos nossos objetivos de médio prazo de 2% em tempo útil".
"Com base na nossa avaliação actual, consideramos que as taxas estão em níveis que a manterão por um período suficientemente longo, contribuirá substancialmente para o regresso atempado da inflação ao nível nosso alvo", sublinhou.
[atualizado às 14h37]