A Presidente da Eslováquia recusou um plano do Governo ainda em funções para enviar mais ajuda militar para a Ucrânia. As eleições legislativas, que decorreram no passado sábado, foram ganhas por Robert Fico, populista de esquerda que prometeu parar o envio de ajuda ao país.
Esta quinta-feira, o gabinete da Presidência disse, de acordo com a Associated Press, que o Governo ainda em funções não tem a autoridade para tomar a decisão de enviar ajuda adicional à Ucrânia. Além disso, argumenta o gabinete de Zuzana Čaputová, os partidos que estão em negociações para formar o novo executivo são contra esse apoio.
O atual Governo tem poderes limitados depois de perder uma votação de uma moção de confiança no Parlamento a 15 de junho, cerca de um mês após tomar posse.
Já esta sexta-feira, um porta-voz do Governo confirmou ao Politico que a Eslováquia não vai enviar mais ajuda ao país invadido pela Rússia a 24 de fevereiro de 2022, apesar do ministro da Defesa o estar a ponderar.
"Uma decisão sobre este assunto deve refletir o resultado das recentes eleições legislativas e deve seguir o resultado das negociações de formação do governo, que estão a decorrer", afirmou Martin Strižinec, porta-voz da Presidente.
O antigo primeiro-ministro Robert Fico, do partido populista de esquerda Smer, venceu as eleições legislativas do passado sábado. Durante a campanha, o político prometeu interromper o envio de armas para a Ucrânia, bloquear a potencial adesão de Kiev à NATO e ainda bloquear sanções à Rússia.
Após ser o partido mais votado, Fico foi indigitado, pela Presidente Čaputová, a liderar as negociações para formar um governo de coligação até 16 de outubro.