O major-general Rodolfo Bacelar Begonha não se atreve a fazer prognósticos sobre a situação no Golfo, depois do ataque do Irão contra bases norte-americanas no Iraque, mas admite que os Estados Unidos podem ter sido surpreendidos pelos ataques desta noite.
"A situação é muito complexa e não podemos estar a perspetivar o futuro, que é absolutamente incerto, depende de muitos fatores. Factos: há ataques a bases e os americanos estão reunidos para decidirem o que vão fazer", afirma o militar na reserva em declarações à Renascença.
O major-general Rodolfo Bacelar Begonha diz que os últimos acontecimentos são “graves” e “muito complexos”
"O Irão está a produzir um determinado número de ameaças, os americanos agora vão decidir qual é a reação. Penso que eles foram um bocado surpreendidos, não estavam à espera que o Irão atacasse as bases de uma forma tão clara", admite.
O especialista considera que a dúvida agora reside em saber se os Estados Unidos vão responder com ataques seletivos ou de forma massiva.
"Não sei se os EUA têm dispositivo disponível para avançar já em escala ou se têm de reunir o dispositivo aéreo, terrestre e da marinha na área. Infelizmente, estão numa situação muito difícil, o que era de prever, porque aquela área é muito complexa. Não sei se os EUA têm dispositivo disponível para avançar já em escala ou se têm de reunir o dispositivo aéreo, terrestre e da Marinha na área.”
As bases aéreas e as instalações nucleares do Irão são alvos prioritários dos Estados Unidos, adianta o major-general.
Rodolfo Bacelar Begonha acrescenta que a situação no Médio Oriente é “muito complexa”. “O problema do Iraque já vem muito de trás, o problema entre sunitas e xiitas é marcante naquela região, os países estão divididos, está tudo cruzado. É uma situação inacreditável”, sublinha.