O impacto da guerra na Ucrânia poderá provocar uma quebra no crescimento económico da zona euro em quase 1,5%. A previsão é da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) que aponta também para um crescimento da inflação mundial em mais 2,5%.
O aumento dos cereais e dos combustíveis afetou muito as economias mundiais e para mitigar esses efeitos, a OCDE recomenda medidas de apoio a populações e países mais vulneráveis.
Laurence Boone, responsável para a economia da OCDE, defende que os países devem começar a diversificar o abastecimento de energia bem como reduzir a dependência de combustíveis fósseis, sobretudo da Rússia.
“Uma resposta sustentável vai requerer uma abordagem à fonte da vulnerabilidade desta crise nomeadamente o corte com a dependência russa de fontes de energia: o gás, o petróleo e o carvão”, afirmou.
Segundo Laurence Boone, tal “não pode ser feito de um dia para o outro, mas há coisas que poderemos fazer agora para reduzir significativamente a dependência de gás e petróleo russos”.
“Diversificar fontes energéticas externas e domésticas e melhorar a eficiência energética bem como a sua gestão”, concretiza.
A OCDE assinala, ainda, que “os movimentos verificados nos mercados financeiros desde a eclosão da guerra podem, se constantes, reduzir o crescimento do PIB mundial em mais de um ponto percentual no primeiro ano, com uma profunda recessão na Rússia, e acrescentar cerca de 2,5 pontos percentuais à inflação mundial”.
Alertas de Laurence Bone, esta manhã, na conferência de imprensa da OCDE em que foram revelados alguns dados sobre o impacto que a guerra na Ucrânia está a provocar nos mercados internacionais e na economia global.