Milhares de sírios enfrentam o frio e a chuva na fronteira com a Turquia depois de fugirem de um ataque russo a Aleppo, no norte da Síria, que ameaça tornar-se num desastre humanitário.
O Governo sírio avisou que os soldados estrangeiros que entrem no país podem regressar a casa "num caixão de madeira". O aviso surgiu depois de notícias que davam conta que a Turquia e a Arábia Saudita, apoiantes das forças rebeldes, poderão enviar tropas para a Síria.
Dezenas de milhares de pessoas fugiram dos combates das forças do Governo com os rebeldes, cortando a principal rota de abastecimento para Aleppo. A fronteira turca de Oncupinar mantém-se encerrada.
O governador de Kilis, província turca na fronteira, Suleyman Tapsiz, disse que pelo menos 70 mil pessoas se dirigiam para a fronteira e que os deslocados estavam a ser acomodados em oito campos no lado sírio.
A Turquia, onde já habitam entre dois e 2,5 milhões de sírios, pode tomar conta de 30 a 35 mil refugiados na Síria, disse o governador.
O ministro dos Negócios Estrangeiros turco, Mevlut Cavusoglu, afirmou que a Turquia iria manter "a sua política de fronteiras abertas" para os refugiados sírios.
"Mantemos esta política para as pessoas que estão a fugir de agressões, do regime e dos ataques aéreos da Rússia", referiu.
O governante lembrou que a Turquia já recebeu cinco mil. "Mais 50 ou 55 mil estão a caminho e não podemos deixá-los ficar lá", disse.